quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

"QUE VENHA O NOVO!"


"O TEMPO NÃO PÁRA, não pára, não pára," diz o refrão de uma música do compositor Cazuza, já falecido em 1989.  Ele reflete com precisão esse sentimento que vivemos nos dias de hoje com tanta intensidade.  Afinal, mais um ano se passou como um rabo de foguete e cá estamos nós a caminho de mais uma infindável lista de promessas para o ano vindouro. Ufa, de novo?  É o que passa pelas nossas cabeças tão aceleradas.  Pois é, lá vamos nós mais uma vez.  Mas que tal tentar fazer de um jeito diferente, mais suave, com menos cobranças?  Sabemos em nosso íntimo que, uma vez silenciados os fogos do Reveillon, acordamos para um novo ciclo com o cronômetro zerado.  De nada vale revermos planos e estratégias se não aproveitarmos a deixa da virada para efetuar mudanças necessárias.  Sabemos que a vida é incerta, mas, ainda assim, nada nos impede de desenvolver um olhar mais assertivo em relação ao futuro, planejando para que tudo, dentro do possível, seja diferente em todos os aspectos da nossa vida.

"Se o indivíduo não analisa constantemente os movimentos de sua própria trajetória, fica mais suscetível aos chacoalhões da vida", alerta o psicólogo junguiano Waldemar Magaldi Filho.   Ele ressalta que, por representar o fim de um ciclo e o início de outro, a passagem do ano comporta uma carga simbólica indiscutível.

A virada do ano é o momento propício para percebermos se estamos vivendo de acordo com nossos propósitos mais elevados ou apenas sobrevivendo.
O alimento fundamental de toda mudança é a motivação.  Sem ela, a vida se limita a uma série de automatismos, quando na verdade, pode ser muito mais estimulante.

Momentos de introspecção são importantíssimos quando perseguimos a mudança.  Nessas horas conseguimos enxergar com clareza se estamos contentes com o que conquistamos, com o que somos, e também definimos como queremos viver e o que é verdadeiramente importante para nós.

Transformações radicais estão fadadas ao fracasso.  É por isso que tanta gente abandona suas resoluções assim que elas se tornam insustentáveis.  A consistência de um novo hábito (seja ele qual for) advém da maneira gradual com que o implantamos em nosso cotidiano.
Grandes mudanças resultam de uma série de pequenas atitudes cristalizadas ao longo do tempo.  Isso torna o processo mais orgânico, fluido, mesmo que no início seja preciso "pegarmos pelo cangote" até que o processo verdadeiramente se naturalize.

Elaborar uma lista de resoluções poderia ser um bom exercício para essa época do ano se a tática não tivesse caído em descrédito, graças ao comodismo de muitos.  Agora, por que não resgatar os tópicos do ano anterior e reavaliá-los?   Parece que essa proposta soa mais interessante.
Esse balanço nos permite diagnosticar o que foi subestimado ou superestimado no ano que passou.
Em outras palavras, se você depositou expectativas elevadas ou baixas demais em certas áreas da vida.

Um adendo importante.  Muitas vezes, sentimos dificuldades de dar um passo decisivo em nossa vida por motivos que desconhecemos racionalmente.  Na hora de decidir, pesam e muito aspectos inconscientes apenas destrinchados com a ajuda de um analista.

Para que a pessoa possa se autoavaliar sem ser influenciada pelo meio, por seus complexos e automatismos, precisa investir no "AUTOCONHECIMENTO".
Isso posto, partamos para a ação efetiva.

Um feliz 2011 a todos que me dão o prazer de compactuar comigo deste aprendizado.

Beth Gutierres

Referências:
Waldemar Magaldi Filho  (Psicólogo)
Monika von Koss  (Psicoterapeuta)

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

MARKETING PESSOAL



Certamente você já ouviu falar em marketing pessoal, mas, não creio que tenha se convencido da importância de praticá-lo para ser bem sucedido na vida.
Que tal aproveitar o novo ano que está prestes a se iniciar e começar a praticá-lo imediatamente!
O primeiro passo consiste em "mexer" nos porões escuros da mente e jogar fora todas as suas crenças prejudiciais e destrutivas como:

- Dinheiro é sujo.
- Não dá pra ter tudo na vida.
- Quanto mais alto se sobe, maior é o tombo.
- É melhor ser pobre e honesto do que ser rico e desonesto.

Essas crenças negativas foram adquiridas linguisticamente e, portanto podem ser removidas também linguisticamente.  Basta querer e acreditar que afirmações positivas, declaradas com autoridade, podem ser colocadas no lugar das suas crenças negativas.

O passo seguinte envolve autoconhecimento.  Conhecendo-se, você identifica suas aptidões, talentos, fraquezas e medos, tornando-se consciente do seu ponto de partida.  Nesse processo, seja realista.  Olhe-se com o mesmo olhar crítico que você é capaz de lançar sobre outras pessoas. Olhe-se com isenção, sem ser muito duro, nem muito complacente. Procure observar-se de fora, como se fosse o outro.
Por fim, descubra o que os outros pensam e falam sobre você.  Mas, prepare-se, pois existe um verdadeiro abismo entre a imagem que fazemos de nós mesmos e a que os outros têm a nosso respeito.  Faça os ajustes necessários para estabelecer uma congruência entre a sua auto-imagem e aquela que você projeta. Jogue limpo.  Se não souber o que a outra pessoa pensa sobre você, pergunte!

Feito isso, chegou a hora de traçar um plano de ação. Lembre-se:  Marketing Pessoal é um processo de venda em que o "produto" é você.  E para que os "clientes" o comprem, é preciso que você esteja comprometido consigo mesmo.  Não basta uma boa embalagem.  É preciso que o conteúdo seja autêntico!
Você tem que acreditar em cada palavra que diz sobre si mesmo e sobre aquilo que diz que é capaz de fazer, pois se você não acreditar, dificilmente alguém acreditará.

De acordo com a sua área de atuação profissional, é possível determinar um público-alvo, que deve ser cadastrado e mantido atualizado para que você possa colocar em prática uma política de relacionamento. Mas, mais importante que isso são os contatos pessoais que você pode fazer em congressos, cursos e outras atividades pertinentes à sua área de atuação.
Quando se fala em cultivar relacionamentos, nunca é demais lembrar da Lei Paretto e concentrar-se nos 20% que poderão provocar uma melhora de 80% em sua vida.

Uma das coisas mais importantes de um "produto" é a embalagem.  No caso, sua embalagem é o modo de se vestir, a sua postura pessoal e profissional, sua expressão corporal e o que você fala.  Esse conjunto é a sua marca.  Mantenha-se atento ao meio em que estiver inserido, procurando sempre estar adequado a ele, desenvolva suas habilidades de comunicação e mantenha-se sempre atualizado.  Trabalhe para que a sua marca ocupe um lugar de destaque na mente daqueles com as quais você se relaciona, cuidando para que todo o conjunto seja harmonioso e, para que a embalagem e o conteúdo sejam congruentes!
Caso contrário, o resultado pode ser devastador!
(Lair Ribeiro)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

FELIZ POR NADA



Geralmente quando uma pessoa exclama "Estou tão feliz!", é porque engatou um novo amor, conseguiu uma promoção, ganhou uma bolsa de estudos, perdeu os quilos que precisava, ganhou o carro do ano, ou algo do tipo.  Há sempre um porquê.  Eu costumo torcer para que essa felicidade dure um bom tempo, mas sei que as novidades envelhecem e que não é seguro se sentir feliz apenas por atingir metas.
Muito melhor é ser feliz por nada.

Digamos:  feliz porque 2011 vai ser um ano memorável.  Feliz por estar com as dívidas pagas.  Feliz porque alguém o elogiou.  Feliz porque existe uma perspectiva de viagem daqui a alguns meses.  Feliz porque você não magoou ninguém hoje.  Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo mais acolhedor do que sua cama.
Esquece.  Mesmo sendo motivos prosaicos, isso ainda é ser feliz por muito.

Feliz por nada, nada mesmo?

Talvez passe pela total despreocupação com essa busca.  Essa tal de felicidade inferniza.  "Faça isso, faça aquilo."  A troco de que?  Quem garante que todos chegam lá pelo mesmo caminho?

Particularmente, gosto de quem tem compromisso com a alegria, que procura relativizar as chatices diárias e se concentrar no que importa pra valer, e assim alivia o seu cotidiano e não atormenta o dos outros.  Mas não estando alegre é possível ser feliz também.  Não estando "realizado" também.  Estando triste, felicíssimo igual.  Porque felicidade é calma, consciência. É ter talento para aturar o inevitável, é tirar algum proveito do imprevisto, é ficar debochadamente assombrado consigo próprio: como é que eu me meti nessa, como é que foi acontecer isso comigo?  Pois é, são os efeitos colaterais de se estar vivo.

Benditos os que conseguem se deixar em paz.  Os que não cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos.  Apenas fazem o melhor que podem.

Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento. De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre.  Adequação e liberdade simultaneamente?  É uma senhora ambição.  Demanda a energia de uma usina. Para que se consumir tanto?
A vida não é um questionário de Proust.  Você não precisa ter que responder ao mundo quais são suas qualidades, sua cor preferida, seu prato favorito, que bicho seria.  Que mania de se autoconhecer.  Você é o que é, um ser imperfeito bem-intencionado e que muda de opinião sem a menor culpa.
Ser feliz por nada talvez seja só isso.     (Martha Medeiros)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O QUE É CARÁTER?

Muitas pessoas me perguntam se acredito em mudança de comportamento, ou seja, se alguém que já teve diversas posturas de absoluto mau-caratismo pode se regenerar e transformar-se em uma pessoa do bem.
Lembro-me sempre de uma pequena história que com certeza você já ouviu falar, mas vou repetí-la aqui:

O escorpião queria atravessar o rio, mas não tinha como. Aí, viu o elefante se preparando para ir para o outro lado da outra margem.  O escorpião pediu ao elefante que o transportasse.  Desconfiado, o elefante respondeu que não, alegando o caráter traiçoeiro do escorpião, que, com certeza usaria contra ele os seus ferrões fatais.  O escorpião ofendido respondeu que jamais faria isso com quem o estava ajudando e que também morreria caso isso acontecesse.  O elefante ingenuamente acreditou e levou o escorpião para a margem oposta.  Quase chegando, antes de descer, o escorpião picou o elefante, que disse:  "Você prometeu!".  E o escorpião respondeu:  "Desculpe, é a minha natureza".

Aqui está a minha resposta para quem me pergunta se eu acredito nessa mudança de comportamento por ex.de Clara (Mariana Ximenes), da novela Passione:  eu NÃO acredito na mudança de caráter de ninguém!

As pessoas podem deixar determinada maneira cruel de agir, mas é como vela adormecida:  soprou um vento, volta a pegar fogo.
Não estou aqui analisando erros que todos nós cometemos às vezes sem a intenção de ferir ou causar um dano maior.  Estou falando de gente ruim, de natureza voltada para o mal.  Essas pessoas, tendem a usar a máscara da bondade, do sorriso, da gentileza, da docilidade.  Da mesma forma que praticam o mal, encarnam a cara de "anjo".

Infelizmente a falta de caráter é uma coisa que não passa com o tempo, só adormece.

Cuidado... não dê carona pra escorpião!!!!

(Beth Gutierres)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

"ESCOLHAS SEMPRE DIFÍCEIS"




"Você precisa escolher cautelosamente suas combinações. As escolhas certas irão valorizar o seu trabalho. As escolhas erradas irão apagar as cores e esconder sua beleza original. Não existem regras a serem seguidas. Você precisa seguir seus instintos e você precisa ser corajoso."




(Livre tradução da fala original do filme "How to make an American Quilt")



Escolhi começar com essa frase tirada de um filme que fez bastante sucesso no ano de 1995. A história de uma moça estudante de mestrado, prestes a casar e construindo um apartamento com seu noivo. Para conseguir terminar sua tese de mestrado ela viaja para a casa de sua avó no interior dos Estados Unidos e vive inúmeras experiências que produzirão mudanças e transformações em sua vida. Conhece um rapaz com quem se envolve, sente dúvidas e conflitos. Paralelamente, se relaciona com as amigas de sua avó que se juntam todos os dias costurando uma "colcha de retalhos" (o american quilt) para lhe dar como presente de casamento. Para este belo e significativo presente (algo típico e cultural americano), a proposta é que cada uma das amigas conte algum detalhe de sua vida e esse detalhe estará marcado na colcha. Uma a uma elas compartilham suas vidas, dores e alegrias, passado e planos e assim tecem o presente e a trama do filme.



Assim, como na colcha produzida com a história de cada personagem, nossa vida também será tecida em meio as nossas escolhas e cada escolha nos levará a caminhos e desfechos variados.



Desde cedo, a vida nos coloca frente a situações de decisões, algumas fáceis e outras nem tanto, cada vez mais complexas à medida que crescemos e amadurecemos. Passamos a vida praticando com nossas escolhas e caminhando por elas e entre erros e acertos percebemos o quanto precisamos cuidar para que sejam saudáveis a fim de que tenhamos uma vida igualmente saudável. As escolhas estão em todas as áreas da vida, acadêmica, profissional, relacional. Todas elas exigem de tempos em tempos que mudanças, alterações ou adaptações aconteçam e para isso buscamos novas combinações.



Como o assunto aqui são as relações, vamos pensar como cada um pode melhorar para compor sua "colcha afetiva". Como algumas vezes dito, o mundo externo de cada um será um reflexo direto do que se passa dentro, quanto melhor e mais saudável, melhor será a vida. Nas relações é o que também acontece, cada par que escolhemos será uma nova combinação, cada uma delas despertará diferentes características em variadas intensidades. Algumas combinações são boas, saudáveis, interessantes e enriquecedoras, isso não significa que tenha que durar para sempre, pode ser passageira ou eterna, mas o que sobressai é o saldo positivo, as boas recordações, boas experiências, trocas importantes, tudo que se aprendeu e cresceu. Por outro lado existem aquelas combinações que fazem sobressair o que há de pior em cada um, potencializa os defeitos, gera sofrimento, empobrece. Como temos o livre arbítrio do caminho que queremos seguir e daqueles que queremos ao nosso lado é fundamental sabermos fazer boas escolhas.



Ao invés de se queixar como eterna vítima, é preciso que cada um se saiba autor de sua própria vida, assuma que suas decisões irão interferir no seu destino e que este não está previamente traçado e sim sendo composto dentro do tempo e de cada passo. Como na frase retirada do filme, as regras nem sempre existirão, e portanto é preciso apostar em cada decisão. Não está pré determinado com qual perfil de parceiro combinamos mais, claro que dentro das características pessoais de cada um algumas personalidades atrairão mais do que outras, mas ainda assim existem imensas variações dentro do mesmo tema.



Uma parte da vida não controlamos, não sabemos como será, surpresas acontecem o tempo inteiro. Entretanto, temos muito mais escolhas do que costumamos aproveitar. Muitos deixam o barco correr e quando não gostam do destino se queixam que nunca chegam aonde querem, poderiam lá trás ter decidido qual caminho tomar antes de começar a jornada. Outros tantos se acomodam ainda que a vida esteja sem graça e desinteressante e igualmente se queixam do ponto onde estão. Enfim, está ao alcance de cada um tornar a vida mais colorida, mais interessante, mais rica, basta que se aproprie dela. A história é sua, os retalhos são seus, as combinações são livres, precisam  apenas que sejam bem-feitas!
(Juliana Amaral - Pscicóloga)

domingo, 28 de novembro de 2010

GLAU PIVA - JUREI (SÓ PARA VOCÊ)

DEIXE A RAIVA SECAR







Mariana ficou toda feliz porque ganhou de presente um joguinho de chá, todo azulzinho, com bolinhas amarelas.


No dia seguinte, Júlia sua amiguinha, veio bem cedo convidá-la para brincar.

Mariana não podia, pois iria sair com sua mãe naquela manhã.

Júlia então, pediu a coleguinha que lhe emprestasse o seu conjuntinho de chá para que ela pudesse brincar sozinha na garagem do prédio.

Mariana não queria emprestar, mas, com a insistência da amiga, resolveu ceder, fazendo questão de demonstrar todo o seu ciúme por aquele brinquedo tão especial.

Ao regressar do passeio, Mariana ficou chocada ao ver o seu conjuntinho de chá jogado no chão.

Faltavam algumas xícaras e a bandejinha estava toda quebrada.

Chorando e muito nervosa, Mariana desabafou:

"Está vendo, mamãe, o que a Júlia fez comigo?

Emprestei o meu brinquedo, ela estragou tudo e ainda deixou jogado no chão.

Totalmente descontrolada, Mariana queria, porque queria, ir ao apartamento de Júlia pedir explicações.

Mas a mãe, com muito carinho ponderou:

"Filhinha, lembra daquele dia quando você saiu com seu vestido novo todo branquinho e um carro, passando, jogou lama em sua roupa?

Ao chegar em casa você queria lavar imediatamente aquela sujeira, mas a vovó não deixou.

Você lembra o que a vovó falou?

Ela falou que era para deixar o barro secar primeiro. Depois ficava mais fácil limpar.

Pois é, minha filha, com a raiva é a mesma coisa.

Deixa a raiva secar primeiro..

Depois fica bem mais fácil resolver tudo.

Mariana não entendeu muito bem, mas resolveu seguir o conselho da mãe e foi para a sala ver televisão.

Logo depois alguém tocou a campainha..

Era Júlia, toda sem graça, com um embrulho na mão.

Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi falando:

"Mariana, sabe aquele menino mau da outra rua que fica correndo atrás da gente?

Ele veio querendo brincar comigo e eu não deixei.

Aí ele ficou bravo e estragou o brinquedo que você havia me emprestado.

Quando eu contei para a mamãe ela ficou preocupada e foi correndo comprar outro brinquedo igualzinho para você.

Espero que você não fique com raiva de mim.

Não foi minha culpa."

"Não tem problema, disse Mariana, minha raiva já secou."

E dando um forte abraço em sua amiga, tomou-a pela mão e levou-a para o quarto para contar a história do vestido novo que havia sujado de barro.

Nunca tome qualquer atitude com raiva.

A raiva nos cega e impede que vejamos as coisas como elas realmente são.

Assim você evitará cometer injustiças e ganhará o respeito dos demais pela sua posição ponderada e correta.

Diante de uma situação difícil. Lembre-se sempre: Deixe a raiva secar.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A VIDA É APENAS UM TESTE


Um dos meus dizeres favoritos é o seguinte:  "A vida é um teste. É apenas um teste. Se esta vida fosse pra valer, você teria sido instruído sobre aonde ir o que fazer."
Todas as vezes que penso nesta frase sábia e humorística, me conscientizo de que não devo levar minha vida tão a sério.
Quando você olha para a vida com seus inúmeros desafios, como se não passasse de um teste, você começa a ver cada problema que enfrenta como uma oportunidade de crescimento.  Mesmo que tenha sido bombardeado com problemas, responsabilidades, exigências insuperáveis, quando você os encara como parte de um teste, suas possibilidades de ser bem sucedido superam e muito os seus desafios.
Se por outro lado, você encara cada novo problema como uma batalha cruenta a ser ganha em nome da sobrevivência, estará se preparando para uma jornada acidentada.
Você só se sentirá feliz quando tudo estiver funcionando a contento.  E todos sabemos com que rara frequência isso ocorre.

Tente aplicar essa idéia, a título de experiência, a alguma coisa que você seja forçado a enfrentar.
Veja se consegue redefinir a questão com que você está lidando, de "problema" para simples "teste".
Ao invés de se debater com a questão, veja se existe algo a ser aprendido a partir dela.  Faça a seguinte pergunta: "Por que essa dificuldade surgiu em minha vida? O que significaria e o que seria necessário para superá-la? Será que eu poderia encarar essa situação de maneira diferente? Será que posso encará-la como um teste de algum tipo?"

Se você experiementar essa estratégia, ficará surpreso ao se descobrir reagindo diferentemente ao estímulo. Eu, por exemplo, costumava correr para lá e para cá, tentando dar conta de tudo ao mesmo tempo. Culpava minha agenda, minha família, as circunstâncias e tudo o que conseguisse, pela minha carência.  Então, algo despertou em mim.  Se eu quisesse ser feliz, meu objetivo não deveria necessariamente ser organizar minha vida de forma tão perfeita que eu pudesse ter mais tempo, mas ao contrário, perceber que eu poderia atingir um estágio que me sentisse bem não tendo alcançado a perfeição.  Em outras palavras, meu desafio real era avaliar minha luta como um teste.
Perceber esta questão como um teste me ajudou a lidar com uma das minhas maiores frustrações pessoais.
Eu ainda luto, aqui e ali, contra minha notória falta de tempo, mas menos do que costumava fazer,
Tornou-se bem mais aceitável para mim, admitir as coisas como elas são.  (Richard Carlson)


A estratégia sugerida pelo autor se colocada em prática nos ajuda e muito a encarar os nossos problemas com mais leveza. Tenho conseguido tornar o fardo mais leve a partir do dia em que comecei a encarar a vida como um teste e analisar o porquê das coisas acontecerem daquela maneira.  Agindo dessa forma, nos conscientizamos que tudo tem solução na vida, apenas pode durar mais tempo se levarmos a vida muito a sério.  Na verdade, nos cursos que fiz com Luiz Gasparetto aprendi muito sobre esse tema, pois ele também é adepto de que não devemos levar a vida tão a sério. Não vale a pena mesmo.  Tudo passa. Tudo se resolve. Então porque sofrer tanto?

sábado, 6 de novembro de 2010

DALAI LAMA E SUAS INSTRUÇÕES PARA UMA VIDA MELHOR


Dalai Lama, sua santidade frequentemente diz:  "Eu sou simplesmente um monge budista, nem mais, nem menos."
Ele realmente segue os preceitos de um monge budista.
Eis algumas das instruções para uma vida melhor que nos traz sua santidade Dalai Lama:

Dê mais às pessoas do que elas esperam e o faça com alegria.

Decore o seu poema preferido.

Não acredite em tudo que você ouve, gaste tudo que você tem e durma tanto quanto você queira.

Quando disser  "Sinto muito", olhe para a pessoa nos olhos.

Fique noivo pelo menos seis meses antes de se casar.

Acredite em amor à primeira vista.

Nunca ria dos sonhos de outra pessoa.

Ame profundamente e com paixão. Você pode se machucar, mas é a única forma de viver a vida completamente.

Em desentendimentos, brigue de forma justa.  Não use palavrões.

Não julgue as pessoas pelos seus parentes.

Fale devagar, mas pense com rapidez.

Quando alguém perguntar algo que você não quer responder, sorria e pergunte:  "Por que você quer saber?"

Lembre-se que grandes amores e grandes conquistas envolvem riscos.

Ligue para sua mãe.

Quando você se der conta que cometeu um erro, tome providências imediatas para corrigí-lo.

Quando você perder, não perca a lição.

Lembre-se dos tres R's:  Respeito por si próprio, Respeito pelo próximo e Responsabilidade pelas suas ações.

Não deixe uma pequena disputa ferir uma grande amizade.

Sorria ao atender o telefone. A pessoa que estiver ligando ouvirá isso em sua voz.

Case com alguém com quem você goste de conversar.  Ao envelhecerem, suas aptidões de conversação serão tão importantes quanto qualquer outra.

Passe algum tempo sozinho todos os dias.

Abra seus braços para mudanças, mas não abra mão de seus valores.

Lembre-se de que o silêncio é às vezes a melhor resposta.

Leia mais livros e assista menos TV.

Viva uma vida boa e honrada.  Assim, quando você ficar mais velho e olhar para trás poderá aproveitá-la mais uma vez.

Confie em Deus, mas tranque seu carro.

Uma atmosfera de amor em sua casa é muito importante.  Faça tudo que puder para criar um lar tranquilo e com muita harmonia.

Em desentendimentos com entes queridos, enfoque a situação atual.  Não fale do passado.

Reparta o seu conhecimento. 

Cuide de sua própria vida.

Reze.  Há um poder imensurável nisso.

Nunca interrompa quando estiver sendo elogiado.

Lembre-se que não conseguir algo que você deseja, às vezes, é um grande golpe de sorte.

Lembre-se que o melhor relacionamento é aquele em que o amor de um pelo outro é maior que a necessidade de um pelo outro.

Julgue o seu sucesso pelo que você teve que renunciar para conseguí-lo.

Lembre-se que seu caráter é seu destino.

Aprenda as regras de maneira a saber quebrá-las da forma mais apropriada.

Quando disser  "Eu te Amo" ,  seja verdadeiro.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

RENOVAR SEMPRE



Algum tempo atrás participei de um evento sobre o "Dia da Mulher".  Era um bate-papo com uma platéia composta de 250 mulheres de todas as raças, credos e idades.

E por falar em idade, lá pelas tantas, fui questionada sobre a minha, e como não me envergonho dela, respondi.  Foi um momento inesquecível.  A platéia inteira fez um "ooohh" de descrédito.  Aí fiquei pensando: "Pô, estou nesse auditório há quase uma hora exibindo minha inteligência, e a única coisa que provocou uma reação calorosa da mulherada foi o fato de eu não aparentar a idade que tenho?  Onde é que nós estamos?

Onde não sei, mas estamos correndo atrás de algo caquético chamado  "juventude eterna".
Estão todos em busca de reversão do tempo.
Acho ótimo, porque decrepitude também não é meu sonho de consumo, mas cirurgias estéticas não dão conta desse assunto sózinhas.

Há um outro truque que faz que continuemos a ser chamadas de senhoritas mesmo em idade avançada.
A fonte da juventude chama-se  "mudança" .
De fato, quem é escravo da repetição está condenado a virar cadáver antes da hora.
A única maneira de ser idoso sem envelhecer é não se opor a novos comportamentos, é ter disposição para guinadas.

Mudança, o que vem a ser tal coisa?

Minha mãe mudou recentemente do apartamento enorme em que morou a vida toda para um bem menor.  Teve que vender e doar mais da metade dos móveis e tranqueiras que havia guardado, e mesmo tendo feito isto com certa dor, ao conquistar uma vida mais compacta e simplificada, rejuvenesceu.

Uma amiga casada há 35 anos cansou das galinhagens do marido e o mandou passear sem temer ficar sozinha aos 65 anos de idade. Rejuvenesceu.

Uma outra cansou da pauleira urbana e trocou um baita emprego por um não tão bom, só que em Florianópolis, onde ela vai a praia sempre que tem sol. Rejuvenesceu.

Toda mudança cobra um alto preço emocional.  Antes de se tomar uma decisão difícil, e durante a tomada, chora-se muito, os questionamentos são inúmeros, a vida se destabiliza.
Mas então chega o depois, a coisa feita, e aí a recompensa fica escancarada na face.

Mudanças fazem milagres por nossos olhos, e é no olhar que se percebe a tal juventude eterna.
Um olhar opaco pode ser puxado e repuxado por um cirurgião a ponto de as rugas sumirem, só que continuará opaco porque não existe plástica que resgate seu brilho.
Quem dá brilho ao olhar é a vida que a gente optou por levar.  Olhe-se no espelho...
(Martha Medeiros)

Gostei muito desse texto.
De que adianta ter beleza e juventude se os olhos não transmitem alegria de viver.
O que rejuvenesce é estar feliz com a nossa vida, mesmo com alguns contratempos.
Tudo muda, tudo flui, nada persiste! As coisas têm o valor que nós damos a elas.
Sem dúvida precisamos estar sempre prontos para começar tudo de novo, pois a vida é muito imprevisível.
Por favor, nada de tristeza!
Viva a Alegria!!!

domingo, 10 de outubro de 2010

BOM HUMOR OU MAU HUMOR


Seus humores podem ser enganosos.  Eles podem decepcioná-los, e é o que normalmente fazem, induzindo você a acreditar que sua vida é bem pior do que de fato é. 

Quando você está de bom humor, sua vida lhe parece perfeita.  Você tem a perspectiva correta, o senso prático e a sabedoria, os problemas não parecem assustadores e são até fáceis de resolver.  As relações parecem fluir e a comunicação é perfeita.  Se você for criticado, leve na esportiva.

Quando, ao contrário, você está de mau humor, a vida lhe parece insuportavelmente séria e difícil.  Suas perspectivas são ínfimas.  Você leva tudo para o lado pessoal e muitas vezes interpreta erroneamente as pessoas à sua volta, imputando a seus atos motivações malignas.

Aqui está a chave para a compreensão:  as pessoas costumam perceber que seus humores são passageiros, mas gostam de pensar ao contrário, que suas vidas tornaram-se subitamente piores nos últimos dias.  É assim que alguém de bom humor pela manhã pode amar sua mulher, seu trabalho, seu carro... Ele provavelmente será otimista com relação ao futuro e sente grato pelo passado.  Lá pelo meio da tarde, no entanto, seu humor torna-se sombrio, ele declarará que odeia seu trabalho, que sua mulher é uma chata, seu carro é uma lata velha e sua carreira vai mal.

Contrastes tão rápidos e drásticos podem parecer absurdos, até engraçados, mas a verdade é que somos todos assim.
Nos baixos-astrais perdemos a perspectiva de tudo e tudo nos parece urgente.  Esquecemos completamente de que quando estamos de bom humor, tudo nos parece tão melhor.
Experimentamos circunstâncias idênticas, a pessoa com quem estamos casados, nosso emprego, o carro que dirigimos, nosso potencial de maneira inteiramente diferente, dependendo do nosso humor!
Quando estamos de mau humor, em vez de colocarmos a culpa em nosso astral momentâneo, como seria correto, tendemos a pensar que nossa vida inteira está errada.

A verdade é que, a vida nunca é tão ruim quanto parece quando estamos de baixo-astral.  Em vez de nos atermos ao mau humor, temos que aprender a questionar a nossa avaliação.
Quando você estiver de mau humor, aprenda a superá-lo desta maneira: como uma condição humana inevitável que passará  logo, se eu esquecê-la um pouco.  Um momento de baixo-astral, não é um bom momento para se analisar a vida.  Fazê-lo equivale a um suicídio emocional.
Se você tiver um problema legítimo, ele continuará por perto quando seu humor melhorar.
O truque é ser grato pelos momentos de bom humor e astucioso naqueles de mau humor, NÃO os levando tão a sério.
Da próxima vez que você se sentir por baixo, por qualquer razão, lembre-se sempre dessa frase:  "Isto vai passar."  E vai mesmo.  (Richard Carlson)


A verdade é que tudo nessa vida passa.  Tanto as coisas ruins, como as coisas boas.  Temos sempre que estar preparados , pois a vida é muito imprevisível.  Mas, se temos um problema para resolver, não devemos fazer disso a coisa principal da nossa vida.  No tempo certo, no momento exato, esse problema com certeza se resolverá.  É só dar tempo ao tempo e acreditar.  Eu acredito!

sábado, 9 de outubro de 2010

QUE VENGA EL TORO!


Pode ser que você, como eu, nunca tenha visto uma autêntica tourada espanhola.  Mas sem dúvida pelo menos já ouviu falar, já viu filmes, desenhos, etc.  Para muitas mentes civilizadas e principalmente para os membros das sociedades protetoras dos animais, a tourada é um ato bárbaro, desumano, anticristão.  Estou até vendo essas almas purificadas comendo seu hambúrguer no McDonald's ou fatiando uma picanha enquanto condenam o sacrifício inútil do touro na lâmina precisa do toureiro.

Vocês devem saber que antes do touro chegar no tête-a-tête com o matador, ele passa pelas mãos dos banderilleros e do picador.  Estes cravam no seu couro palitos gigantes (banderilhas) e o espetam com lanças compridas. Crueldade?  Não,  provocação!  A dor dessas picadas só faz o touro ficar mais enfurecido, mais alucinado, mais vingativo.  Ele agora mais do que nunca, deseja acertar aquele ser todo arrumado com aquela maldita mancha vermelha provocativa e nele se concentra toda a ira do touro. Ele é responsável pelas picadas, pela dor, pelo sangue grosso que escorre pelo negro pelo reluzente de suor.
A dor, o sangue, o ódio, o alvo, o vermelho.  O touro nesse estado já está em transe, ele não vê mais a arena, o público, os picadores e toda a trampa que acompanha o toureiro.  Ele agora está num espaço mágico, fora dali, onde só existe a sua dor, o seu ódio e aquela "mancha" vermelha que se agita de um lado para o outro.  Num instante tudo desaparece, só existe o ódio e a "mancha" vermelha, o ataque, uma estocada fria e profunda e BUF, 600 quilos de massa morta tombam na arena.

Essa narração poetizada da tourada poderia descrever metaforicamente momentos dramáticos da vida (e da morte) de muitas pessoas, talvez até da sua e da minha.
O touro é a nossa parte animal, é pura emoção, é vermelha, é passional, responde com incrível imediatismo aos estímulos, instigações, provocações do meio.
O touro é monocromático, o seu universo reduzido vai se reduzindo à medida que os provocadores vão ferindo-o superficialmente, beliscando as suas alcatras, mas em nenhum momento o aleijam, nem lhe tiram os movimentos; seus ferimentos doem mais na "alma" do que na carne (novamente recorro à licença poética para me colocar no lugar do touro).

Quantas vezes reagimos como o touro diante das espicaçadas da vida?  Nem sempre o nosso padrão psico-emocional e físico nos possibilita investir com os chifres à frente nos traseiros dos "toureiros" culpados (safados) pelas nossas desditas.  Às vezes o toureiro é muito forte, ou são muitos, e o mínimo de instinto de sobrevivência nos desaconselha a atacá-lo, aí atacamos a mulher (ou  o marido), nos vingamos nos filhos, chutamos o cachorro, gritamos com o faxineiro ou pior ainda nos "intrachiframos", apunhalamos o nosso fígado, os nossos rins, o estômago ou todo o corpo, ou a mente.

Esse tipo de reação-vingança é a pior e a mais burra, é a autovingança, é como costumo chamar "fazer o jogo do inimigo".  Reconheço que é muito difícil fugir aos condicionamentos do tipo "bateu-levou".  Como vamos ignorar a selva e a caverna que existem dentro de nós ainda?  Somos um estágio no processo evolutivo da raça. À medida que o ser se liberta das âncoras gravitacionais terrenas, psicológica e espiritualmente, ele também se eleva, se liberta dos condicionamentos.

O caminho do homem não é matar o touro passional que existe dentro de si, é controlá-lo, usar a sua imensa força para gerar mais força, tanta força que seria capaz de fazê-lo decolar da arena e voar como uma gaivota sobre as arquibancadas e sumir em meio às nuvens.


Essa é a grande "missão" do ser neste planeta, tornar-se senhor de si, transmutar a energia animal em energia hominal e mais tarde alcançar estágios mais refinados. (Roberto Goldkorn - O poder da vingança)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

PIPOCAS DA VIDA


Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre.
Assim acontece conosco.  As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.
Quem não passa pelo fogo, fica do mesmo jeito a vida inteira.
São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa.
Só que elas não percebem, acham que sua maneira de ser é a melhor.
Mas, de repente vem o fogo.
O fogo é quando a vida nos lança uma situação que nunca imaginamos:  a dor.

Pode ser fogo de fora:  perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre.
Pode ser fogo de dentro:  pânico, ansiedade, medo, depressão ou sofrimento cujas causas ignoramos.

Há sempre o recurso do remédio:  Apagar o fogo!

Sem fogo o sofrimento diminui.  Com isso diminui também a possibilidade da grande transformação.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou... vai morrer!
Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si.
Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela.
A pipoca não imagina de que ela é capaz!  Aí sem aviso prévio, pelo poder do fogo a grande transformação acontece:  BUM!
E ela aparece como outra coisa completamente diferente, algo que ela mesmo nunca havia sonhado.  Bom, mais ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar.
São como aquelas pessoas que por mais que o fogo esquente, recusam-se a realizar mudanças.  Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.
A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura.
No entanto, o destino delas é fixo, já que ficarão duras a vida inteira.

Deus é o fogo que amacia o nosso coração, tirando o que nele há de melhor!
Acredite que para extrairmos o melhor de dentro de nós temos que assim como a pipoca, passar pelas provas de Deus.
Talvez hoje você não entenda o motivo de estar passando por alguma situação desagradável.
Mas tenha certeza que quanto mais quente o fogo, mais rápido a pipoca estoura.

(Rubem Alves)

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

CONCEDA-SE O DIREITO AO TÉDIO


Para muitos de nós, a vida é tão cheia de estímulos, além das responsabilidades, que é quase impossível sentarmos quietinhos, sem fazer nada, nem mesmo relaxar, nem que seja por alguns minutos.  As pessoas não são mais seres humanos.  São fazeres humanos.

A primeira vez que fui exposto à idéia de que o tédio ocasional pode ser uma coisa boa, foi quando estava estudando com um terapeuta em uma pequena cidade com pouquíssima coisa "a fazer".  Depois do primeiro dia de aula perguntei a meu instrutor: "O que há para se fazer aqui à noite?"  Ele me respondeu:  "O que eu gostaria que você fizesse era se conceder o tédio.  Fazer nada.  É parte do seu treinamento."
A princípio pensei que ele estivesse brincando.  Mas não.  Ele me explicou que se você se concede o direito do tédio, nem que seja por uma hora, ou menos, e não o combate, os sentimentos de tédio são substituídos por sentimento de paz.  E depois de algum exercício, você aprende a relaxar.

Para minha surpresa, ele estava absolutamente certo.  No início, eu mal conseguia suportar.  Estava tão habituado a fazer alguma coisa a cada minuto, que realmente tive de fazer força para relaxar, de "ser" em vez de "fazer", alguns minutos todos os dias.  Depois me acostumei e aprendi a gostar.
Não há uma técnica específica além de conscientemente não fazer coisa alguma.  Fique quieto, de olhos fechados, percebendo seus pensamentos e sentimentos.  A princípio, você pode se sentir um pouco ansioso, mas depois, a cada dia, irá se tornando um pouco mais fácil.  A gratificação é enorme.

Muita de nossa ansiedade e luta interior advém de nossas mentes ocupadas, hiperativas, sempre em algo que as entretenha, algo que possa servir de objetivo e sempre se perguntando: "O que acontecerá em seguida?"
Enquanto estamos apreciando o jantar, ficamos curiosos em saber que será a sobremesa.  Quando a noite estiver se encerrando, a pergunta será: "O que faremos no próximo fim de semana?"
Quando voltamos de um programa, marchamos para casa e imediatamente ligamos a televisão, abrimos um livro, pegamos o telefone, começamos fazer alguma limpeza, enfim, é como se estivéssemos assustados até mesmo com a idéia de não ter o que fazer, por um segundo sequer.

A beleza que existe em não fazer nada é que ela nos ensina a limpar a mente e relaxar.  Permite à nossa mente a liberdade de "não saber" por um breve período de tempo.  Tal como seu corpo, a mente também necessita de um descanso ocasional de sua rotina compacta.  Quando você permite à sua mente um descanso, ela ressurge mais forte, aguçada, mais pronta a focalizar e criar.  (Richard Carlson)


Gosto muito das mensagens desse autor, pois ele coloca o que realmente vivemos no nosso dia a dia. Se refletirmos um pouco sobre isso, todos nós vivemos essa grande carga de pressão, a obrigação de agir e fazer algo a cada segundo de cada santo dia. Que tal ficarmos um tempinho sem fazer nada? Acho que nunca pensamos que alguém pudesse sugerir que nos concedêssemos o dom do tédio! Mas, para tudo existe uma primeira vez!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O BEM E O MAL CAMINHAM DE MÃOS DADAS


Existe uma antiga história dos índios Cherokee sobre o cacique de uma grande aldeia. Um dia, o cacique decidiu que era hora de orientar o seu neto favorito sobre a vida. E lhe explicou: "Filho, existe uma batalha sendo travada dentro da mente e do coração de todo ser humano.  É como se existissem dois grandes lobos dentro da gente.  Um é branco e o outro é preto.

O lobo branco é bondoso, gentil, amigo e não faz mal a ninguém.  Ele vive em harmonia com tudo à sua volta.  O lobo bom, sensato e certo de de quem ele é e do que é capaz, briga apenas quando essa é a coisa certa a fazer ou quando precisa proteger a si ou a sua família.  Ele toma conta de todos os outros lobos da matilha e nunca se desvia da sua natureza.

O lobo preto, bem, esse é muito diferente.  Ele é ruidoso, zangado, descontente, ciumento e medroso.  Basta uma coisinha para que ele se encha de fúria.  Ele briga com todo mundo, o tempo todo, sem nenhuma razão específica.  Ele não consegue pensar com clareza, porque a sua ganância para ter sempre mais e a sua raiva e sua ira são grandes demais.  Mas trata-se de uma raiva infrutífera, porque ela não muda nada.
Esse lobo só procura confusão por onde passa.  Não confia em ninguém, por isso não tem amigos de verdade.

O velho cacique ficou sentado em silêncio durante alguns minutos, deixando que a história dos dois lobos penetrasse na mente do jovem neto.  Então ele lentamente se curvou, olhou fixamente nos olhos do menino e confessou: "Às vezes para mim é difícil viver com esses dois lobos dentro de mim, pois eles brigam muito para dominar o meu espírito."

Cativado pela história o jovem neto perguntou: "Qual dos dois lobos vence vovô?"
Com um sorriso cheio de sabedoria o cacique diz:  "Os dois, filho."
Sem entender direito o menino perguntou: "Como os dois lobos podem vencer?"
Veja filho, o lobo preto tem muitas qualidades importantes que eu posso precisar dependendo das circunstâncias.  Ele é feroz, determinado, inteligente, astuto e capaz dos pensamentos e estratégias mais tortuosos.
Se eu optar por alimentar os dois, eles não brigarão mais pela minha atenção e eu poderei utilizar cada um deles como precisar.  E como não haverá guerra entre eles, poderei ouvir a voz da minha sabedoria interior e escolher qual dos dois pode me ajudar melhor em cada circunstância.

Um homem que tem paz dentro de si tem tudo.  Um homem dividido pela guerra em seu íntimo não tem nada.  Você é um jovem que precisa escolher como vai lidar com as forças opostas que vivem no seu interior.  A sua decisão determinará a qualidade do restante da sua vida.  (Debbie Ford)


Essa história simples explica que cada um de nós estamos em meio a uma batalha contínua, em que as forças da luz e as da escuridão competem pela nossa atenção e pela nossa submissão.
Verdade seja dita, dentro de nós habita uma matilha de lobos, o lobo amoroso, o lobo bondoso, o lobo sensível, o lobo amigo, o lobo esperto, o lobo forte, o lobo altruísta, o lobo criativo, o lobo autoritário, o lobo insatisfeito, o lobo mentiroso, enfim inúmeros lobos.
A compreensão disso nos permite entender porque todos nós, que somos "bons", somos capazes de fazer coisas ruins e mais importante, porque às vezes nos tornamos os nossos piores inimigos.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

SEJA O PRIMEIRO A FAZER AS PAZES


Muitos de nós temos o hábito de cultivar pequenos ressentimentos que podem ser consequências de alguma discussão, mal-entendido, o tipo de educação que tivemos ou qualquer outro evento doloroso.  Cabeças-duras, ficamos esperando que a outra pessoa envolvida nos procure, acreditando piamente que esta é a única maneira de perdoarmos ou reatarmos um laço familiar ou de amizade.

Uma amiga minha, cuja saúde não é muito boa, recentemente me contou que não falava com seu filho há três anos.  "Por que não?" , lhe perguntei.  Ela me respondeu que ela e o filho tinham se desentendido a respeito da esposa dele e ela não voltaria a lhe falar se ele não a procurasse primeiro.
Quando lhe sugeri que tomasse a iniciativa, resistiu e disse: "Não posso fazê-lo. É ele que tem que pedir desculpas."  Ela literalmente preferia morrer a procurar o único filho.  Depois de algum incentivo no entanto, decidiu procurá-lo.  Para seu espanto, o filho ficou agradecido com a boa vontade que ela demonstrou e foi o primeiro a pedir desculpas.  Isto é o que acontece normalmente, quando alguém se arrisca e toma a iniciativa: Todo mundo sai ganhando.

Todas as vezes que ficamos cozinhando nosso rancor, transformamos copos d´água em tempestades mentais.  Passamos a pensar que nossos pontos de vista são mais importantes que nossa felicidade. Não são. Se você quiser ser uma pessoa mais pacífica, deve entender que ter razão quase nunca foi tão importante quanto buscar a felicidade.  E a felicidade está em deixar as coisas fluirem, e tomar a iniciativa. Deixe as outras pessoas terem razão.  Você experimentará a paz que advém de deixar as coisas acontecerem e os outros serem donos da razão, eles se tornam menos defensivos e mais amorosos com relação a você.  Eles podem até surpreender tomando iniciativas.  Mas, se por algum motivo, não o fizerem, isso também estará bem.  Você terá satisfação interior em saber que fez a sua parte na construção de um mundo mais amoroso e certamente ganhará a sua paz. (Richard Carlson)


Já foi até comprovado cientificamente que ficarmos ruminando mentalmente mágoa, rancor, raiva, só fará mal a nós mesmos. Isso influencia nas células do nosso corpo ocasionando doenças no físico e doenças muito sérias como o câncer.  Faça um bem a você.  Livre-se desses sentimentos negativos que não contribuem em nada para uma vida feliz e amorosa.  Nada como o amor para nos libertarmos da dor, da mágoa, da raiva, enfim, só o amor cura. Já dizia Jesus Cristo!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

ONDE ESTÃO OS JOVENS DO NOSSO PAÍS?


Eu, como qualquer brasileiro, estou muito preocupada com a situação política do nosso país.
Por esse motivo resolvi escrever  no blog algumas coisas que penso referente às eleições que tivemos ontem em todo o país.

Confesso que não acompanhei horário político pela TV, porque cansei de ouvir as mesmas mentiras destes que só lembram de nós, pobres mortais, na época de pedir nosso voto.

Mas, quinta-feira decidi assistir ao último debate entre os presidenciáveis, para conhecer melhor o que pensam, o que falam os candidatos ao maior cargo de nosso país.
Fiquei chocada com o despreparo da candidata que até então era dada como vencedora já no primeiro turno, através dos institutos de pesquisas, aliás completamente desacreditados após os resultados.

A candidata do PT, Dilma Rousseff não respondeu uma pergunta com coerência, se atrapalhou com as palavras, não tem programa de governo, fala um português de nível primário, apesar de dizer ter faculdade.
A única coisa que soube dizer foi sobre o governo Lula e mesmo assim equivocou-se com dados e números.
Todos nós sabemos que o presidente Lula e sua turma são milhões de vezes mais corruptos que qualquer outro partido político que já esteve presidindo o país.

Toda a verdade já foi descoberta, todos os crimes provados, todas as mentiras percebidas.  Os culpados estão catalogados, fichados e NADA ACONTECE.  Ninguém foi punido.  A verdade não se impõe.  É certo que a mentira sempre foi a base do sistema político, mas nunca a verdade foi tão clara e inútil.

Com a eleição de Lula uma quadrilha se instalou no governo junto com ele, mas ele simplesmente NÃO SABE DE NADA.
Além de não saber de nada "inventa" uma candidata sem passado político, sem experiência, sem competência, e com um passado bem comprometedor. 
Apoiados no trabalho deixado pelo governo anterior de Fernando Henrique Cardoso, eles deram certo (aparentemente) até agora, porque seguiram um plano que já estava pronto.

E eu pergunto: Onde estão os jovens do nosso país?  Aqueles que saíram às ruas na ocasião do impeachment de Fernando Collor. Porque os jovens de hoje não se rebelam? Por que os jovens de hoje não se interessam pela política, que fará o futuro deles?  Os únicos jovens que se interessam pela política são os filhos dos políticos que não querem perder a "boquinha" deixada por seus pais.  Por que aceitam serenos e tranquilos tudo isso que vimos acontecer nesses oito anos?

Como pode o povo brasileiro dar a vitória a Dilma (guerrilheira)Rousseff em 18 estados?  Será que estão todos cegos, surdos ou apenas desinteressados? 

Quero esclarecer a algumas pessoas menos avisadas que Dilma Rousseff não é Gaúcha, ela e a família residem em Porto Alegre, talvez seja por isso que esse estado tão culto políticamente até então deu a vitória a ela, porque são regionalistas demais. Ela é Mineira, nascida em Belo Horizonte. 

Acordem!  Somos roubados descaradamente todos os dias.  Pagamos impostos altíssimos para que possam sustentar cabides de empregos e o governo Lula com o dinheiro que arrecada de todo o restante do país mantém o povo do Nordeste (que aliás votou em peso no PT), atrelado a estes programas sociais que na verdade não resolvem o problema deles, mas os mantém na ilusão de uma vida melhor, que são as bolsas família, vale-gás, escola, maternidade, presidiário, mais luz e outras mais.

Na verdade o que resolveria o problema do Nordeste e do Brasil seria um investimento pra valer na EDUCAÇÃO.   Mas parece que isso não interessa muito ao PT.  Por que será não?

terça-feira, 28 de setembro de 2010

RELACIONAMENTOS - O MEDO DE AMAR



Hoje é um dia muito importante para mim. É o dia do meu aniversário!
Aproveitei o dia de hoje para fazer um balanço da minha vida até aqui.
Repensei os meus erros e relembrei os meus acertos.
Eu me senti perdoada pelos meus fracassos e orgulhosa por algumas vitórias.
Entendo perfeitamente que erros, acertos, fracassos e vitórias são a história da minha vida.

Um dos maiores desafios que nós encontramos na vida são os relacionamentos amorosos.  Eles vão influenciar muito a nossa jornada.  Por isso é tão importante que possamos construir relacionamentos saudáveis, pois da mesma forma que um bom relacionamento nos ajuda a crescer e deslanchar na vida, um mau relacionamento apenas irá atravancar mais a nossa vida.

Raramente um relacionamento repleto de brigas e discussões deixa alguma energia positiva para que os parceiros edifiquem sua vida. Pessoas de sucesso não podem desperdiçar três horas por dia brigando.

Quando vejo alguns casais que admiro, percebo como eles se estimulam mutuamente a crescer como casal
e em seus projetos pessoais.  A cumplicidade faz parte da vida de um casal que se completa.  Um apoiando o outro.  Um respeitando o outro.  Um não tomando atitudes drásticas em relação ao outro.  Quando um está passando por um problema, o outro sempre dá força.  Não há competição entre eles.
Aprender a amar uma pessoa que tenha prazer em fazer você feliz é fundamental.

Outro ponto importante que deve ser levado em consideração é a coragem de amar.  Infelizmente muitas pessoas fogem do amor, porque tem medo de sofrer, medo de rejeição, medo de ser abandonado e acaba se refugiando na solidão.
Essa atitude nos leva à seguinte equação:  "O medo de não sermos amados nos impede de amar."

Nós somos seres nascidos para o amor, e no entanto, tentamos negar a nossa própria essência.
Lógico que todo mundo que ama está sujeito a passar por maus momentos por causa de uma separação às vezes até inesperada.   O fato é que não existe separação sem dor.  A raiva, a tristeza se apoderam da nossa vida, nos enfraquecem, destroem nossos sonhos, estraçalha nosso entusiasmo e para completar paralisa a nossa vida.
Na minha opinião pior que passar por isso é SONEGAR EMOÇÃO, escondendo-se atrás das grades da razão.

Em uma relação há também a possessividade que pode ser facilmente confundida com amor na forma, mas não na essência.  É como uma flor natural e uma flor de plástico, ambas têm a mesma forma, mas a primeira tem essência, a segunda não.
A possessividade nasce da insegurança, enquanto o amor nasce da abundância de afetividade na vida da pessoa.

Quem está só, pensando ainda em seu antigo relacionamento, não deve correr desesperadamente atrás de um novo (a) parceiro(a). Dê-se um tempo.  Respeite o ritmo da existência.  No momento certo, a pessoa mais apropriada para você vai aparecer.

Encerro com a frase de Michel Quoist:  "Amar não é um ficar olhando nos olhos do outro, mas os dois olharem juntos na mesma direção."

Autores: William Silva , Roberto Shinyashihi , Beth Gutierres

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O MELHOR SEMPRE ACONTECE


Certo dia o rei e seu fiel súdito e amigo sairam a cavalgar numa caçada.
Longe foram em busca de uma magnífico troféu, um veloz gamo que lhes escapava.
Tanto andaram que acabaram por se perder numa floresta.
À espera de socorro, soltaram os cavalos e puseram-se à cata de alimento e água.
Colheram maçãs silvestres, e o rei, ao cortar uma delas com sua espada, acabou por cortar fora o próprio dedo.
- Então, meu bom súdito, disse o rei com incontida ironia, o melhor sempre acontece, hein?
A ironia com que foi feita esta pergunta foi logo sustituída por grande furor, quando o leal conselheiro confirmou, apesar de tudo, ser aquela a sua opinião.
Ergendo a espada, o rei o expulsou de sua presença.  O súdito considerou não ser uma hora apropriada para quaisquer explicações ou ponderações, e com grande pesar afastou-se do soberano, escondendo-se sob uma espessa moita de arbusto.
O rei, vencido pela dor e pela fúria, adormeceu e foi assim surpreendido por um grupo de habitantes da floresta, que andavam à procura de uma vítima para ser oferecida em sacrifício à sua deusa-Tigre.
Exultaram ao ver aquele exemplar perfeito, e carregaram-no, adormecido até o altar de terra e pedras, onde o ataram numa estaca diante do ídolo.
Após as danças selvagens, iniciaram os preparativos finais para o sacrifício, quando perceberam horrorizados que a vítima escolhida não tinha um dedo.
Fugiram com grande pavor, pois quase haviam ofertado um sacrifício imperfeito e incorrido na ira da deusa.
Então o rei deu-se conta de que a perda do dedo tinha acontecido pelo melhor.
Mas que dizer do triste estado do súdito, que afinal viera buscá-lo, estropiado e faminto?
Sim, replicou o rei, o melhor também lhe havia acontecido, pois caso não houvesse sido expulso da presença real, e tivesse estado presente, teria sido também aprisionado e apresentado como substituto para o sacrifício.
Assim, ao final tudo deu certo: os idólatras foram escorraçados, seu ídolo sangrento foi destruído, e todos os súditos do rei instruídos na doutrina da divina providência.


Essa pequena história nos mostra que às vezes nos acontece grandes calamidades e que naquele exato momento não conseguimos enxergar o benefício daquela situação.
Mas, para as pessoas que têm fé em uma força maior, para aquelas pessoas que acreditam que não estamos sozinhos e que temos forças superiores a nos cuidarem essa frase é perfeitamente cabível:" O melhor sempre acontece". Com toda a certeza.

domingo, 26 de setembro de 2010

TUDO TEM VIDA


Tudo tem vida. Tudo é vida.  A integração com o Todo deverá estar ligada aos aspectos de ter e ser, que você, dentro de você, deverá sentir.  Portanto, se faz importante que você aprenda o Respeito.

O Respeito deve ser ligado ao Respeito Supremo, um Respeito a todos os acontecimentos, um Respeito a todas as manifestações, um Respeito a tudo aquilo que está tendo uma expressão de Ser.

Quando vocês começarem a treinar o Respeito, vai começar a aparecer em vocês uma coisa que se chama docilidade - meiguice e só pode ser dócil e meigo aquele que começou aprendendo o Respeito.
Docilidade e meiguice estão perto, muito perto do que se chama Pureza.
E você só conseguirá sentir o que é dócil e meigo no dia em que você começar a Respeitar, mas um Respeito que deverá ser consciente e inconsciente às coisas existentes, às coisas que são a Vida.

Praticar o Respeito a tudo!  Quando eu digo "tudo", eu quero dizer que uma palavra tem vida, com "v" minúsculo e com "V" maiúsculo, nos dois aspectos de Vida que nós consideramos.
Portanto, as palavras vindas de uma pessoa e as por você pronunciadas têm Vida e, portanto, merecem Respeito.

Pare no mar ou numa montanha, e fique olhando. Você está em silêncio.  Comece a refletir sobre aquele vale, sobre aquela montanha.  Logo você estará meditando sobre aquilo.  Ao fazer a contemplação profunda, nasce em você o silêncio que está naquilo, porque aquilo é silencioso.
Ele só fala para quem tem ouvidos para ouvir.  Só deixa ver internamente quem tem olhos para ver, para enxergar.  Portanto, ao refletir é superficial; ao meditar, aprofunda.  Quando você contempla aquele objeto em questão, que é Vida, ele começa então a mostrar o silêncio que tem dentro dele. Então ele fala e se deixa ver.  Isto significa que você começa a sentir Respeito por aquilo.  Nesse instante você entra num estado de segredo. Não é o segredo de não querer contar... você não pode permitir que palavras venham atrapalhar aquelas outras palavras que o silêncio daquele objeto está dizendo para você.

Uma mente, para conseguir ampliar o seu estado consciente, deverá primeiro aprender a Respeitar.
Daí então, novas proporções ganha o objeto em questão, e quando o objeto em questão ganha novas proporções, significa que você está ampliando sua consciência a tal ponto de fazer Integração Cósmica.
(Dr. Celso Charuri)

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O MESTRE E O DISCÍPULO


Um mestre caminhava com um discípulo que o acompanhava no mosteiro já há algum tempo, quando este lhe diz que irá regressar a seu país de origem.

Depois de conversarem por um longo período, o mestre combina um encontro de despedida no final do dia. Nesse encontro, o mestre entrega ao discípulo duas pequenas caixas, uma com o número"um" e outra com o número "dois", e diz:  "Esta caixa com o número um, você só irá abrir quando sentir que está tendo uma vida plena, quando todas as pessoas que você ama estiverem ao seu redor e seus sonhos sendo realizados.
Já esta outra caixa, com o número dois, você só irá abrir quando estiver enfrentando dificuldades em sua vida, quando tudo estiver difícil e você estiver sofrendo muito. Quando você sentir que está patinando no atoleiro da vida, fazendo muito esforço sem resultado.  Mas só abra as caixas nessas ocasiões que falei".

O discípulo agradece ao mestre e vai embora para seu país pensando em tudo que havia aprendido e no quanto havia amadurecido.
Depois de muitos anos, o discípulo estava prosperando na sua carreira, com sua família transbordando de amor e saúde, rodeado de amigos, se sentindo o mais feliz dos homens na face da Terra. Pensando em tudo que já passara em sua vida e na alegria do momento que estava vivendo, lembrou-se das duas caixinhas que havia ganhado do mestre e, curioso correu ao quarto para localizá-las.
Encontrou as duas caixinhas dentro do baú onde guardava objetos de pequeno valor e de muito significado.
Pegou a caixinha com o número um, abriu e encontrou um papel com a seguinte frase:  "Isso passa!".

Surpeso com a frase do mestre e intrigado ao pensar que tudo que estava vivendo de maravilhoso poderia passar, refletiu sobre a vida e depois seguiu em frente.

Alguns anos depois, ele se encontarva triste, amargurado, desesperado.  Infelizmente sua vida estava de pernas para o ar, tinha se separado da esposa, mal via os filhos, a empresa estava falida, os amigos haviam se distanciado diante da nova realidade que ele enfrentava.  Sozinho e solitário, lembrou-se da segunda caixa do mestre. Não sabia se devia abrir a caixa e ler a mensagem, pois na última vez não havia se sentido bem com o que lera.  Apesar disso, decidiu abrir e ler.  No papel estava escrito: "Isso também vai passar!".

Um alívio tomou conta da sua alma, pois isso confortava seus pensamentos. Ele soube que deveria decidir recomeçar sua vida, e recomeçar quantas vezes mais achasse necessário.


Esta é a beleza do mistério da vida: por mais que busquemos planejá-la, ela nos surpreende o tempo todo.
Só ela é capaz de nos surpreender de tal maneira. É essa força da vida que faz com que sigamos nossa natureza em busca da nossa evolução.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

NAQUELE DIA LEVEI UM TOMBO...E APRENDI

E assim, naquele dia que parecia como outro qualquer, meu mundo tornou-se cinzento.
E assim, naquele dia que parecia como outro qualquer, decidi que o meu maior triunfo seria sobre mim mesmo.
Aprendi que as quedas são estímulos para que aprendamos a levantar com dignidade e com coragem.
Aprendi que para olhar o mundo, é preciso estar no chão. Eu só o conhecia do alto da minha arrogância.

Descobri que nunca tinha questionado se minhas ambições incluiam a ética.
Aprendi que nada nos acontece por acaso.  Sempre há um "porque".
Descobri que as caras feias que eu estava vendo nada mais eram que meus reflexos em milhares de espelhos.
Naquele dia descobri que meus desafetos eram apenas ameaças à minha insegurança.
As sombras que me seguiam nada mais eram do que o reflexo negro da minha alma.
Descobri que carregava em mim um EGO muito maior que eu.
Naquele dia descobri que eu não era a melhor e que talvez eu nunca tenha sido.
Descobri que as minhas ambições eram fruto da minha enorme onipotência.
Naquele dia deixei de ser uma propagandista dos meus triunfos passados e passei a ser a minha luz do presente.
Aprendi também que de nada serve ser LUZ se não puder iluminar o caminho dos demais.
Naquele dia, deixei de ser o comercial do meu pseudo-conhecimento e passei a aprender um pouco mais.
Aprendi também que de nada serve saber se não compartilhar o conhecimento com os outros.
Que para multiplicar o pão de cada dia, é preciso dividí-lo.
Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima e sim continuar a subida.
Aprendi que a vitória duradoura não vem de sopetão. Ela é conquistada por etapas.
Vi que na luta pelos meus objetivos, o maior é lutar. E que são os caminhos sofridos que nos amadurecem.
Aprendi que posso fazer qualquer coisa e arcar com a responsabilidade das quedas.
Deixei de me importar com quem ganha ou perde e me importar simplesmente com quem faz.
Decidi ver cada problema como uma oportunidade para aprender e achar soluções.
Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesma buscá-las.
Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de recomeçar.
Decidi ver cada noite como um mistério a resolver.
Aprendi que o melhor triunfo que posso ter, é ter o direito de chamar alguém de "amigo".
Descobri que o amor é muito mais que um simples estado enamorado, "o amor é uma decisão de vida".
Vi que não estava protegendo aqueles que amo.  Quando o bem é precioso demais, todo zelo é pouco. 
Aprendi que a compaixão não é sentimentalismo e sim humanidade.
Naquele dia, aprendi que os sonhos existem para fazer a realidade.
E desde aquele dia já não durmo para descansar simplesmente...durmo para sonhar!
E desde aquele dia já não vivo mais para ganhar e sim para viver.
Para cair...
Para levantar...
Para continuar...
Para chorar...
Para perdoar...
Para respeitar...
Para AMAR.

Para aprender e para decidir sobre quem eu quero ser.

(Desconheço o autor (a)

domingo, 19 de setembro de 2010

LEMBRE-SE QUE, AO MORRER, SUA CAIXA DE ENTRADA NÃO ESTARÁ VAZIA

Muitos de nós vivemos nossas vidas como se o propósito secreto dela fosse, de alguma forma, cumprir todas as tarefas.
Ficamos acordados até tarde, acordamos cedo, evitamos o prazer, e fazemos nossos amados esperarem.
É com tristeza que tenho visto muitas pessoas manterem os seres amados à distância por tanto tempo que eles perdem interesse em manter a relação.
Quase sempre nos convencemos de que nossa obsessão com a lista do que "temos a fazer" é temporária, que, uma vez que tenhamos chegado ao fim da lista, ficaremos calmos, tranquilos e felizes. Mas isso, na realidade, raramente ocorre.
À medida que os ítens vão sendo ticados, surgem outros novos para substituí-los.
A realidade da "caixa de entrada" é que seu único sentido é ter itens que a completem de maneira que nunca esteja vazia. Sempre haverá telefonemas que precisam ser dados, projetos a serem desenvolvidos e trabalho a ser feito. De fato, podemos argumentar até que uma "caixa de entrada" cheia é fundamental para nossa noção de sucesso. Significa que nosso tempo está sendo requisitado!
Independente de quem você seja ou do que faça, no entanto, lembre-se que NADA é mais importante do que a sensação de felicidade e paz interior e de pessoas que nos amam. Se você é do tipo obcecado com coisas a serem feitas, nunca terá a sensação de bem-estar! Na verdade quase tudo pode esperar.
Muito pouco da  nossa vida de trabalho realmente se encaixa na categoria de "emergência".  Se você se mantém concentrado no seu trabalho, ele será feito em tempo hábil.
Eu acredito que se me lembrar (frequentemente) que o propósito da vida não é fazer tudo, mas aproveitar cada passo no caminho e viver uma vida repleta de amor, será muito mais fácil para eu controlar minha obsessão em relação à execução de listas de coisas a serem feitas. 
Lembre-se, quando você morrer, ainda haverá coisas por completar.  E sabe do que mais?  Alguém as fará por você!  Não desperdice nenhum dos momentos preciosos da sua vida lamentando o inevitável. (Richard Carlson)


A verdade é que todos nós fazemos exatamente o contrário. Tudo tem prioridade em nossa vida, menos aquilo que nos faz feliz. Muitas pessoas abdicam de viver um grande amor, por exemplo, por causa de prioridades que mais tarde nada representarão em sua vida. E muitas vezes sofrem uma vida inteira a negação desse amor. E até no seu último suspiro não reconhece o seu erro, o seu desperdício, a sua rigidez, a sua mesquinharia. É uma pena,  porque a vida é curta demais. Crie coragem e entregue-se ao amor, à paixão, deixe que seu coração dite as normas pelo menos uma vez na vida e sinta o que é viver a vida de verdade.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

CONTE ATÉ DEZ


Quando eu era criança, meu pai costumava contar até dez em voz alta, toda vez que ficava aborrecido comigo ou com minhas irmãs.
Era uma estratégia que ele usava para se acalmar antes de decidir o que fazer em seguida.
Eu melhorei essa estratégia ao incorporá-la ao uso da respiração.  A tática é simples:
Quando você sentir que está perdendo o controle, inspire fundo, e enquanto o faz, conte o número um. Em seguida, relaxe todo o seu corpo, ao expirar.
Repita o mesmo processo com o número dois, e assim por diante, até pelo menos dez (se estiver "muito" aborrecido, a ponto de perder o controle, explodir, prossiga até o número vinte e cinco.
O que você estará fazendo é purificando sua mente com uma versão reduzida de exercício de meditação.
A combinação da contagem e respiração é tão relaxante que é quase impossível continuar irritado ao final.
O aumento de oxigênio em seus pulmões e o intervalo de tempo entre o momento que termina o exercício permite que você amplie sua perspectiva.
Facilita a percepção de que a "tempestade" na verdade, é um copo ´d'água".
O exercício é igualmente eficaz quando está se lidando com o estresse e a frustração.
Toda vez que você não estiver se sentindo cem por cento, ou sente que vai perder o controle, experimente esta técnica.
A verdade é que esse exercício é uma maneira esplêndida de se gastar um minuto ou dois quer você esteja irritado ou não.
Incorporei esta estratégia à minha rotina diária simplesmente porque é relaxante e eu a prezo muito.
Na maior parte das vezes, ela me impede de ficar irritado.   (Richard Carlson)

Conheço esta técnica através de cursos de treinamento da mente que fiz há alguns anos atrás. Posso afirmar que se feita todos os dias facilita e muito a nossa vida cotidiana.
O problema é deixarmos a "preguiça" de lado e começarmos a dar mais atenção às nossas deficiências, que não são poucas.  Como qualquer técnica, esta também requer paciência, uma vez que nada acontece da noite para o dia. Fazer mudanças na vida da gente é um processo difícil, mas necessário para o nosso crescimento espiritual e porque não dizer material também.
Está na hora de arregaçarmos as mangas. Hoje é o momento para iniciarmos isso. Não deixe para amanhã, porque poderá ser tarde demais.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O INIMIGO MORA AO LADO... OU MELHOR, DENTRO


Dos opositores que vamos encontrando pela vida, os piores são aqueles confundidos com aliados, a quem damos tratamento preferencial, apertamos a mão, convidamos para dentro de nossa casa. Mas assim como o sujeito enganado por um "conto do vigário" tem sua parcela de culpa no crime, pois só foi lesado ao querer tirar vantagem de uma situação, só nos associamos ao opositor porque dentro de nós também habitam "opositores".
Quando pensamos que somos inteiramente bons e dignos, e vemos o Mal, em suas múltiplas manifestações, só do lado de fora, "nos outros", começamos a correr risco.
É muito comum vermos pessoas boas com caráter "missionário" afirmando serem vítimas de grandes injustiças e ingratidões. É comum também encontrarmos "psicólogos" de diversas categorias debruçando-se sobre os problemas dos outros, apenas como "truque" para não encarar os próprios. Na conjunção desses dois vetores acharemos algumas respostas para essa situação aparentemente ilógica e esdrúxula, exemplificada por uma piada ácida contada e recontada pelo meu pai:
"O João encontrou-se com o Antonio e lhe disse (fofocou) que o Pedro estava falando mal dele (Antonio) para todo mundo.
- Impossível! - respondeu convicto Antonio.
- Mas como? Eu estou lhe dizendo... O Pedro estava falando cobras e lagartos de você para todo mundo.
- Impossível! - repetiu, impassível, o Antonio.
- Mas por que você afirma isso com tanta convicção?
- Por quê?  Porque eu nunca o ajudei, nem fiz-lhe nada de bom.

Por muito tempo me repugnou a frase dita por um pai-de-santo e feiticeiro de origem indígena com quem convivi por muitos anos. "Se algum dia uma pessoa estiver com água até a boca e lhe estender a mão em busca de salvação, pise na cabeça dela".
Ao ouvir isso ri meio sem graça, achando que era brincadeira dele.  Durante toda a minha vida (profissional ou não) fiz exatamente o contrário do que me aconselhou e os resultados quase sempre foram péssimos: quando o "afogado" não tentava me puxar para um afogamento solidário, ele se tornava meu inimigo "por eu ter interferido no seu sagrado processo de afogamento".
O que na verdade o feiticeiro estava dizendo é o seguinte: ninguém chega a ficar com água até aqui (fazendo o gesto com a mão apontando para o nariz) por acaso.  Se quiser ajudar alguém em situação desesperada, reze por ele, jogue uma bóia, mas não lhe estenda a mão, nem o leve para dentro de sua casa.  Os desesperados podem ser sócios fatais, assim como os missionários-salvadores.

Mas, pior do que confundir opositor com aliado é não reconhecer o verdadeiro aliado, e tratá-lo como a um opositor.
Infelizmente não há mapas seguros e infalíveis para percorrer esse território com segurança.
A única saída é desenvolver uma luz interior.

Um grupo viajava pelas cidades da Europa, seguindo um mestre de sabedoria. Para não correr riscos desnecessários, todos se vestiam iguais, sendo impossível através das características externas distinguir o mestre dos discípulos.
Depois de pedirem chá ao dono de uma estalagem na qual entraram, viram pasmos o velho estalajadeiro ajoelhar-se aos pés do mestre e pedir-lhe a benção.
Dois discípulos se aproximaram do proprietário da casa para perguntar-lhe como havia reconhecido o mestre.
Olhe, respondeu emocionado o velho estalajadeiro, sou um homem simples e nada entendo dessas coisas do espírito.  Mas, ao longo desses anos todos já servi inúmeras xícaras de chá, e nunca vi ninguém que ao beber o chá o fizesse com tanto amor.
Essa capacidade de enxergar o brilho sutil por trás dos pequenos gestos, essa capacidade de "ouvir" a voz inaudível do EU INTERIOR, é o melhor e o mais confiável guia para reconhecer aliados e repelir opositores.    (Roberto Goldkorn, do livro O poder da vingança)

sábado, 11 de setembro de 2010

TEMPLO BUDISTA ZU LAI


"Há um lugar próximo a São Paulo onde a paz e a tranquilidade não é só desejo, é realização.
A pouco mais de 30km da capital paulista, no município de Cotia fica o Templo Budista Zu Lai, o maior templo budista da América Latina, atraindo milhares de pessoas em busca de auto-conhecimento ou apenas momentos de paz e equilíbrio.
Tudo ali é belo, harmonioso e sereno.
O lugar é místico misturado aos rituais, alguns incompreensíveis para nós, pois a lingua oficial é o chinês.
Por um determinado tempo nos faz esquecer que estamos no Brasil.

O templo é mantido pelas monjas que lá residem.  São atenciosas e muito solícitas com os visitantes.
A explicação da cabeça raspada delas também é interessante:  os monásticos precisam renunciar a todo tipo de vaidade, a todos os pertences e desejos mundanos, para que possam melhor atingir a pureza da alma.
Aberto a todas as pessoas, mesmo aos não adeptos da religião budista, o templo Zu Lai oferece além das práticas espirituais, meditação, diversos cursos como a da filosofia budista, culinária vegetariana, Tai Chi-Chuan, e muitos outros.
O budismo tem a filosofia da vida baseada nos ensinamentos de Buda, que revela a verdadeira face da vida e do universo.
Com os ensinamentos de Buda aprendemos sobre generosidade, compaixão e alegria.
Vale a pena conferir!"

domingo, 5 de setembro de 2010

DEUS É "JUSTO"




Esse conceito consolador, típico da mentalidade ocidental, é muito fácil de se entender.
Nós, diante daquilo que consideramos "injusto" ,  "incompreensível"  ,  "ilógico" , " injustificável" , jogamos a solução da charada  (e a saída honrosa para o não-suicídio) nas mãos de Deus. "Deus é justo", sentenciamos.  Mas quem disse isso?   Fomos nós mesmos, apenas nós, os humanos, os ardilosos, os manhosos, tentando driblar a nossa ignorância total sobre tudo.  Não, Deus não é justo!
Pelo menos, não é o juiz dessa justiça que conhecemos.  Deus não é moral,  Deus não castiga, não pune e não recompensa.  Deus é criador das leis, "leis" que regem os mundos, leis às quais Ele também está sujeito.
Ele não é o deus dos judeus, não é o deus dos Hare Krishnas que pune com a cegueira na outra vida quem nessa arrancar uma pena do seu animal sagrado, o pavão.
Há vinte mil anos não havia judeus, nem Hare Krishnas, há um milhão de anos atrás não havia pavões, mas Deus já existia.
Deus não promulgou a lei do olho por olho, dente por dente.  Quantas vezes um Menghele teria que ser cortado, torturado, sangrado, por quantas vidas ele teria que padecer para equilibrar a conta das centenas de crianças judias e ciganas mortas cruelmente ou mutiladas ainda vivas para as suas experiências no campo de concentração? E Hitler? E Nero? E os torturadores brasileiros do período sombrio da ditadura militar (alguns morreram tão placidamente quanto monges senis)?
Não, Deus não é justo à moda dos Homens,  Deus é justo à moda d'Ele,  o que significa um grande mistério, ou como se diz, "Seus desígnios são insondáveis."
Mas, o deus de que se fala, o deus que protege um time de futebol em prejuízo do outro, que enriquece misteriosamente um político, que nasceu no Brasil, esse Deus é criação humana, é produto da pretensão do Homem.  Aliás, se algum Deus, algum dia, resolver comprar a humanidade pelo que ela vale, e revender pelo que ela acha que vale, ganhará o suficiente para comprar umas duas estrelas de terceira grandeza, e ainda receberá de lambuja uns quatro ou cinco planetinhas miúdos, assim feito a terra.
Portanto, meus amigos, não esperem que Ele puna com ferro e fogo dos infernos os vossos ofensores, vamos à luta, Ele tem mais o que fazer!  (Roberto Goldkorn do livro O poder da vingança)


Depois de tanto ouvir na tal da "Justiça Divina" que ninguém tem certeza se existe mesmo, encontrei um autor que descreve exatamente o que penso. É muita gente praticando o mal. Deus não daria conta de ficar punindo este, aquele, aquele outro. Tudo relativo a Deus é muito misterioso.  Ou nós nos cuidamos, ou seremos massacrados pelas pessoas maldosas, sem caráter, aproveitadoras, preguiçosas ,inescrupulosas, que em vez de trabalharem preferem aplicar o golpe, preferem roubar o que é do outro, preferem mentir em vez de dizer a verdade, preferem enganar, fingir, enfim, as pessoas que agem assim são as que mais conseguem subir na vida (digo materialmente lógico) pois o outro lado, o espiritual, não tem a mínima importância para elas.  Começo a me questionar se vale a pena ser correto, honesto, sincero ,ter caráter, falar a verdade, nesse mundo em que não há justiça nem dos Homens e nem Divina. É tudo a mesma coisa.  Todos terão novas chances,(todas as religiões dizem isso) então qual é a vantagem de levar uma bofetada e dar o outro lado?
Isso mesmo, "Nenhuma".

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

PENSE EM SEUS PROBLEMAS COMO ENSINAMENTOS EM POTENCIAL



A maioria das pessoas concordaria que uma de nossas maiores fontes de estresse na vida são nossos problemas.  Isso é verdade até certo ponto.  Uma assertiva mais correta poderia ser, no entanto, perceber que a medida do estresse tem mais a ver com a maneira como nos relacionamos com nossos problemas, do que com os problemas propriamente ditos.  Em outras palavras, será que não somos nós que tornamos nossos problemas, problemas?  Nós os vemos como emergência, ou como ensinamentos em potencial?

Problemas surgem sob muitas formas, tamanhos e graus de seriedade, mas todos têm algo em comum.
Eles nos defrontam com algo que gostaríamos que fosse diferente.  Quanto mais lutamos com nossos problemas e mais os queremos ver à distância, piores eles nos parecem e mais estresse eles provocam em nós.

Irônica e felizmente, é o inverso que é verdadeiro.
Quando aceitamos nossos problemas como parte inevitável da vida, quando olhamos para eles como ensinamentos em potencial, é como se aliviássemos o peso dos nossos ombros.

Pense num problema com que venha lutando há algum tempo.  Como é que você lidou com ele até este momento?  Se você for como a maioria das pessoas, provavelmente o enfrentou, ensaiou-o mentalmente, analisou-o repetidas vezes, mas não chegou a conclusão alguma.  Onde toda esta luta o levou?
Muito provavelmente a mais confusão e estresse.

Agora pense no mesmo problema de outra maneira.  Ao invés de empurrá-lo para longe, ou resistir a ele, abrace-o.  Mentalmente, traga-o para bem perto de seu coração.  Pergunte a si mesmo quais as lições válidas que este problema pode lhe ensinar.  Será que ele pode lhe estar ensinando a ser mais cuidadoso e paciente?  Terá algo a ver com ambição, inveja, displicência, perdão?  Ou algo igualmente poderoso?
Quaisquer que sejam os problemas com que você está lidando, há boas chances que possam ser avaliadas de uma maneira mais suave, que pode incluir a genuína vontade de aprender com eles.  Quando você enfrenta seus problemas, sob esta luz, eles relaxam como um punho que estivesse cerrado, e agora abrisse os dedos.

Experimente esta estratégia, e acho que concordará que a maioria de nossos problemas não são as emergências que julgamos.
Normalmente, uma vez que aprendemos o que devemos aprender, eles se esvaem.  (Richard Carlson)


Com certeza a maioria dos problemas pelos quais passamos tem a ver com mudanças que precisamos realizar em nossa vida.  Precisamos nos dar conta que sempre temos algo a aprender com os dissabores da vida. E com certeza, com essa nova estratégia oferecida pelo autor podemos mudar a ênfase dada aos nossos problemas.