terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

SEU CORPO FALA



Existe algo mais íntimo para você do que seu próprio corpo?
Afinal, estão juntos 24 horas do dia desde que você nasceu.  Ainda assim as pessoas se esquecem de prestar  a devida atenção nele.
Muitas vezes o organismo dá sinais óbvios de que as coisas não vão bem, ou de que ele precisa de algo e, simplesmente, é negligenciado.  Uma pena.  Várias receitas médicas poderiam ser economizadas.  Mas, dá para entender.  Afinal, numa época em que há tanta tecnologia disponível para tornar nossa vida mais fácil e detectar tudo, qual a vantagem de ouvir o que o corpo fala?  Há tantos tradutores para ele. Só que "essas ferramentas" nem sempre acertam, ou são tão precisas assim.

Talvez seja a hora de você começar a reparar mais nos sinais que seu organismo envia.  E não estamos falando de sintomas claros, como a dor, lógico que, se ela existe, é um indício de que pode haver algo errado com você.  Porém as mensagens podem ser mais sutis.

Ao nascer, os sinais do organismo representam a única forma que o bebê tem para se expressar.
"As manifestações corporais, sensoriais, motoras e os sintomas somáticos são, para o pequeno, as primeiras e exclusivas vias de comunicação, uma vez que ele ainda não dipõe de palavras para esse fim", diz o psicanalista Rubens Volich. À medida que cresce, outras possibilidades, mais simbólicas, como a linguagem, o pensamento, os sonhos, vão ganhando cada vez mais espaço nas trocas e vivências humanas.
"Mas elas guardam para sempre, suas raízes e relações com as primeiras experiências corporais da infância, afirma Volich.

Conheça algumas das mensagens mais características que seu corpo envia.

- Se você tem cãibras...
   Pode ser sinal de falta de magnésio e de potássio na alimentação.

- Se você sente muito cansaço...
   Pode ser sinal de deficiência de ferro ou hipotireodismo.

- Se você tem queda de cabelos e unhas quebradiças...
   Pode ser sinal de carência de vitaminas, principalmente as do complexo A e B.

- Se você apresenta rouquidão constante...
   Pode ter problemas na laringe.

- Se o seu suor tem um odor diferente...
   Pode ser sinal de diabetes ou doença do fígado.

- Se sua pele está oleosa demais...
   Pode ser problema nos ovários.

- Se você tem lapsos de memória...
   Pode ter apnéia ou outro distúrbio ligado ao sono.

- Se você tem gripes frequentes...
   Pode estar com o sistema imunológico comprometido.

Muitas vezes não conseguimos captar essas mensagens, por mais óbvias que sejam.  Ou então nem sempre estamos dispostos a levá-las a sério, principalmente se elas implicam abrir mão de algumas coisas.  Muitas pessoas percebem que seria conveniente diminuir o ritmo de trabalho, mas se recusam a fazê-lo.
Por outro lado, há pessoas extremamente atentas a todas as alterações do organismo, sempre buscando algo errado.  São os hipocondríacos.  O ideal como quase tudo na vida é um ponto de equilíbrio.
Texto:  Ivonete Lucirio

"Para entender o que o corpo quer dizer é preciso diminuir o ritmo do dia a dia, evitar o acúmulo de atividades e buscar momentos de tranquilidade." 
José Atílio Bombana, psiquiatra e psicanalista.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

APRENDA COM AS CRIANÇAS




Os adultos desejam ensinar tudo às crianças. Quando elas iniciam a balbuciar, não se cansam de repetir as palavras, a fim de que elas aprendam a falar de forma correta.


Nós lhes ensinamos o alfabeto, os números, as cores. Mergulhamos com elas nos livros, auxiliando-as a descobrir as maravilhas do macro e do microcosmo.

Somos os mais experientes porque já vivemos alguns anos a mais do que elas.

Contudo, existem lições de sabedoria que essas criaturinhas nos ensinam, todos os dias.

Quando uma criança se machuca, não importa se é um pequeno ou grande machucado, ela logo chora e procura o colo da mãe. Chorando, ela informa que está doendo, que aquilo a está incomodando muito.

Buscando o colo da mãe, ela deseja ser acarinhada, confortada, auxiliada.

Lição para o adulto: você não precisa suportar a dor sem chorar. E procure alguém em quem você confia para ajudá-lo.

Pode ser um amor precioso, ou um amigo, um irmão. Enfim, alguém que lhe dê a mão.

Quando uma criança cai de um brinquedo e quebra o braço, nem por isso deixa de, ainda com o braço engessado, subir no mesmo brinquedo.

Deseja provar que é capaz, que consegue, que vai vencer.

Ensina, desta forma, que não se deve desistir porque o negócio não deu certo ou porque foi reprovado em teste de seleção em uma empresa.

O importante é não se deixar abater e continuar a tentar, até conseguir.

Quando uma criança está com sono, ela se aconchega, fecha os olhinhos e dorme.

Se o coelhinho perdeu uma orelha ou o carrinho quebrou, assim mesmo ela dorme. E no sono, se permite sonhar.

Sonha com lugares lindos, bolas coloridas, muitos brinquedos, sorvete, brincadeiras e amigos.

Nova lição para o adulto: se seu corpo assinala que está na hora de dormir, atenda-o. Recolha-se ao leito e descanse. Depois, você recomeçará as tarefas, e muito melhor.

Não se permita a insônia por causa de coisas materiais. Se os índices da bolsa oscilaram, ou se sua conta não apresenta tantos dígitos, durma mesmo assim.

Seu corpo precisa recuperar as energias pelo repouso. Depois, você retornará às lutas, ao trabalho, às melhores decisões.

Quando uma criança brinca, ela se permite entrar em seu mundo de faz-de-conta e mergulha por inteiro.

Ela fantasia, fala com seus bichinhos e bonecos, cria histórias, sonha de olhos abertos.

Ela é o homem que voa, o dono de uma grande fazenda cheia de animais, o astronauta a caminho do infinito.

Não há limites para a sua imaginação. E isso a satisfaz, a faz feliz.

Com isso, diz ao homem que ele nunca deve deixar de sonhar e de perseguir os seus sonhos. Que deve se concentrar em seus desejos e perseverar.

Tudo é possível àquele que trabalha, prossegue, não desiste.

A criança é alguém que nos diz, todos os dias, que é bom viver, que o mundo é belo e que não há limites para a mente humana.

Ela nos afirma, com seu jeito de ser, que podemos sonhar, sem perder a esperança;

Que podemos sofrer reveses, sem cair no desânimo;

Que podemos preservar a saúde, mesmo que adversidades nos envolvam.

Enfim, elas nos ensinam que a esperança deve brilhar sempre em nossos olhos.

Isto porque depois deste dia, o sol despertará o amanhã e tudo terá o brilho do novo, do não conquistado, da alegria ainda não fruída.


Texto da Equipe de redação do Momento Espírita

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

SEGURANDO UM AO OUTRO

A dedicada enfermeira, sobrecarregada com tantos pacientes a atender, viu um jovem entrar no quarto e, inclinando-se sobre o paciente idoso em estado grave, disse-lhe em voz alta: Seu filho está aqui.


Com grande esforço, o velho moribundo abriu os olhos e, a seguir, fechou-os outra vez.

O jovem apertou a mão envelhecida do enfermo e sentou-se ao lado da cama.
Por toda a noite, ficou sentado ali, segurando a mão e sussurrando palavras de conforto ao velho homem.

Ao amanhecer, o manto escuro da morte caiu sobre o corpo cansado do enfermo. Ele partiu com uma expressão de paz, no rosto sulcado pelo tempo. Em instantes, a equipe de funcionários do hospital encheu o quarto para desligar as máquinas e remover as agulhas.

A enfermeira aproximou-se do jovem e começou a lhe dizer palavras de conforto, mas ele a interrompeu com uma pergunta: Quem era esse homem?
Assustada, a enfermeira respondeu: Eu achei que fosse seu pai!
Não. Não era meu pai. - Falou o jovem.
Eu nunca o havia visto antes.

Então, por que você não falou nada quando o anunciei para ele?
Eu percebi que ele precisava do filho e o filho não estava aqui.E como ele estava por demais doente para reconhecer que eu não era seu filho, resolvi segurar a sua mão para que se sentisse amparado. Senti que ele precisava de mim.

Nesses dias em que as pessoas caminham apressadas, sempre com muitos problemas esperando solução, não têm tempo sequer para ouvir o desabafo de um coração aflito, um jovem teve olhos de ver e ouvidos de ouvir o apelo mudo de um pai no leito de dor.
É tão triste viver na solidão...
É tão triste não ter com quem contar num leito de morte...

Se você tem um familiar enfermo, aproxime-se dele e segure firme a sua mão. Ofereça-se para lhe fazer companhia, ainda que por alguns minutos.
Fique em silêncio ao seu lado para ouvir o que os ouvidos do corpo não conseguem captar.
Seja uma presença amiga, sincera, que proporcione segurança.
E se você não tem um familiar enfermo, agradeça a Deus por isso e faça uma visita a alguém que precisa de apoio.
Há tantos enfermos solitários precisando de um gesto qualquer de afeto para sentir que viver ainda vale a pena.
Pense nisso e procure ser a companhia de alguém que precisa de você neste exato momento.

Madre Teresa de Calcutá costumava dizer que ninguém tem que morrer sozinho.
Do mesmo modo, ninguém deve se afligir sozinho ou chorar sozinho, rir sozinho ou celebrar sozinho.
Nós fomos feitos para viajar de mãos dadas através da jornada da vida.

Há alguém pronto para segurar a sua mão hoje. E há alguém esperando que você segure a dele.


Redação do Momento Espírita  c/ texo traduzido por Sergio Barros.