sábado, 19 de novembro de 2011

SER AMOROSO

Uma das histórias mais fascinantes dos "Cavaleiros da Távola Redonda" mostra a importância da amorosidade.
Sir Gaiwan aceita se casar com Ragnall, uma mulher terrivelmente feia, em troca dela contar ao Rei um segredo que o salvará da morte. A boda se realiza e todo o reino sente pena desse formoso e valente cavalheiro que está se casando com uma mulher tão espantosa, tanto por seu aspecto quanto pelos seus modos.
Depois que os noivos se retiram a seus aposentos, ela sai para se despir enquanto ele se recosta na cama, preparando-se para cumprir seu dever conjugal com aquela pessoa tão terrivelmente feia.
De repente, por entre as cortinas aparece uma jovem maravilhosamente bela, "a mulher mais bela do reino."
Sir Gaiwan fica paralisado de estupor. "Onde está minha esposa?"- pergunta atônito.
"Eu sou sua esposa" responde a mulher. E então lhe conta como um malvado bruxo lhe fizera um feitiço que a convertia numa mulher repulsivamente feia.
"Agora, diz Ragnall a Gaiwan, podes optar. Como meu esposo, deves decidir se queres que seja bonita de noite, para seu prazer, mas feia de dia, sabendo que todos ficarão com pena de ti; ou bonita de dia, de modo que os demais te invejem, e feia de noite, o que não te apetecerá para o prazer. Qual das duas você escolhe? Você é quem decide."

Todo marido deve anotar isso, pois Sir Gaiwan prova sua sabedoria como homem e sua inteligência como esposo. Responde: "Não sou eu quem deve escolher. Quero que sejas da maneira que você queira ser. A opção é sua."
Com isto devolve a ela seu poder. Gaiwan não tenta decidir como vai ser a vida de Ragnall. Diz: Você é que tem o poder. É sua a escolha, não minha."
Com a retomada do poder pessoal, o feitiço do bruxo perde força e se desfaz e ela se converte em uma mulher bonita todo o tempo.  O respeito à autonomia de Ragnall a libera para ser ela mesma.
Isso para mim, é um comportamento amoroso. Devolve ao outro seu poder e honra sua integridade.
É apreciar o que é do outro, é gostar do outro.
É um comportamento que diz: Você é importante.
Quero te prestar honra por esta importância.
Quero respeitar tua autonomia.
Quero apreciar, como um tesouro, quem tu és.

Extraído de "The Call"

terça-feira, 8 de novembro de 2011

POR QUE O AMOR ACABA?

Até onde podemos supor, quem começa um relacionamento espera que ele não termine tão cedo. Especialmente no início, quando mostramos o melhor de nós na intenção de conquistar a pessoa amada, nossas expectativas sempre rondam a ideia – ainda que fantasiosa – do “e foram felizes para sempre”.

Sim, estamos cansados de ouvir que o sempre não existe, que nada é eterno e que o tempo transforma as relações em algo bem diferente do que era quando começou – lembrando que “diferente”, em princípio, não quer dizer nem pior e nem melhor. Mas o fato é que acreditar no amanhã é imprescindível. É esta esperança e esta significativa aposta no amor que o faz ganhar em profundidade. Ou seja, é preciso investir para ganhar, seja qual for o compromisso.

Porém, o maior equívoco na conquista e, principalmente, na manutenção das relações, tem sido o foco. Apesar de ser essencial acreditar no futuro, é absolutamente indispensável vivenciar o hoje, o agora, este dia!

Por isso, se você quer saber o que faz o amor acabar, a resposta é apenas uma: começar a acreditar que hoje pode ser ruim porque depois você poderá consertar. Talvez até possa, mas deixar para fazer o amor valer a pena somente amanhã é a maior e mais perigosa armadilha que os casais constroem para si mesmos sem se dar conta!

Em outras palavras: nada pode garantir que o amor entre você e a pessoa com quem você se relaciona jamais vai acabar. Isso não existe. É imprevisível e incontrolável. Entretanto, se você quer fazer o que está ao seu alcance, se quer fazer o que é possível, então minha sugestão é para que você viva um “amor de um dia”.

Isso mesmo: Ame como se este amor fosse acabar ao final deste dia. Como se você tivesse apenas hoje para namorar, beijar, abraçar, falar, ouvir, ouvir bastante, considerar, perdoar, pedir perdão, ceder, reconhecer o que o outro faz de bom, reconhecer o que você faz que não é muito legal... Enfim, apenas hoje, apenas agora...

Claro que isso não significa que se você não puder aproveitar o hoje, estará tudo acabado. Mas esteja certo de que se você se relacionar na maior parte do tempo sempre esperando pelo amanhã para que seja bom, então está fadado ao fim! Pode ser oficial ou camuflado, mas o fim será inevitável!

Portanto, não perca mais tempo! Quanto antes você começar, mais fácil será instaurar esta dinâmica no seu relacionamento. Mais eficiente e mais prazeroso será praticar o “amor por um dia”!

Afinal de contas, é fácil compreender o quão mais possível é viver um grande amor por 15 ou 20 horas do que por 15 ou 20 anos... E na mesma medida, por 15 ou 20 minutos do que por 15 ou 20 horas. Então, que tal uma ligação carinhosa, um convite picante, uma flor sem motivos aparentes, um elogio despretensioso?

Nada de mais para quem quer viver uma linda história de amor, não acha?





sábado, 29 de outubro de 2011

PORQUE GOSTAMOS TANTO DE CACHORROS?

O apego emocional que temos com os cães é enorme. Pesquisadores construiram um questionário contendo frases que indicavam níveis de apego com um cachorro de estimação, como por ex, carregar a fotografia do cachorro, deixá-lo dormir em sua cama, frequentemente falar e interagir com ele, e definí-lo como um membro da família.
Os dados indicaram altos níveis de apego entre os donos e os seus cachorros.
Quase a metade definia seu cachorro como membro da família, 67% carregava uma foto dele em sua carteira, 73% deixava eles dormirem em sua cama e 40% comemorava o aniversário do cachorro.
As mulheres apresentaram um apego mais forte com seus animais do que os homens.

Relatos sobre as reações à perda de um animal de estimação também mostram como é forte o apego desenvolvido. O pesar de perder um animal de estimação pode ser igual ao custo de perder uma pessoa amada. O processo de luto envolve angústia, pensamentos e sentimentos que acompanham o lento processo de se despedir de uma relação estabelecida. Não por acaso há uma vasta literatura falando sobre os benefícios na saúde fisiológica e psicológica que os animais nos proporcionam. Por ex., menor incidência de doenças cardio-vasculares, redução dos níveis de triglicérides, colesterol e pressão sanguínea, melhor recuperação e maior taxa de sobrevivência a infartos do miocárdio, maior bem estar psicológico e aumento do cuidado pessoal e da autoestima.
Além disso, cães treinados são amplamente utilizados na assistência de pessoas com deficiências e idosos. Ou seja, possuir um animal de estimação pode fazer muito bem a seu dono.

Um aspecto interessante é olhar para as características faciais e comportamentais dos cães: face rechonchuda, movimentos desajeitados, testa larga, olhos expressivos.
Há tempos estudiosos do comportamento humano sabem que tendemos a responder de uma forma parental a certas características faciais e corporais encontradas em bebês humanos. Isso quer dizer que sentimos vontade de cuidar e proteger seres que apresentem essas características, que são típicas dos bebês humanos. Por isso somos facilmente atraídos por personagens de desenho animado como o Piu-piu, o Dumbo, o Mickey, gostamos de acariciar brinquedos como ursos de pelúcia e nos atraímos tanto por animais a quem muitas vezes tratamos como bebês, os cachorros por exemplo.

Foi feita uma pesquisa intercultural sobre animais de estimação e se encontrou que os animais servem a uma variedade de papéis além do de "filho". O cachorro parece suprir, em muitos casos, uma necessidade emocional. Ele pode ser uma fonte de segurança, e quando as pessoas se sentem ansiosas, o cão pode ter um efeito calmante.
Assim, a natureza do laço entre humanos e cães contém um forte elemento de segurança, e ele pode substituir a companhia de um outro humano.
Enfim, no âmbito de nossas vidas um amigo de verdade.

Adaptado do original ¨Por que gostamos de cachorros?" publicado na revista "Psique, Ciência & Vida".

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

"O AMOR MUITO ALÉM DA BELEZA"




Feche os olhos e tente listar, sem pensar muito, 5 características que você gostaria que seu(sua) próximo(a)
namorado(a) tivesse. Aposto que uma das características que você pensou foi “beleza”, certo? Minha dedução não tem nada de mágica e não é nem um pouco surpreendente, já que a maioria das pessoas gostaria de ter a seu lado alguém bonito. Mas você já parou para pensar o quê exatamente é beleza?


Gisele Bundchen e tantas outras modelos cuja beleza é inquestionável hoje em dia seriam, tempos atrás, consideradas absolutamente sem graça. Isso porque houve uma época em que a beleza feminina estava associada às curvas corporais. Em outras palavras, bonito era ser gordinha. A beleza masculina também já sofreu muitas transformações. Se hoje os homens usam cremes para a pele, gel nos cabelos e fazem diversos tratamentos para acabar com indesejáveis gordurinhas, ser um belo homem antigamente significava não cuidar muito da aparência e sim ter um aspecto mais rude.

Beleza, então, está diretamente relacionada aos padrões vigentes em uma determinada época e cultura. Estes padrões, no entanto, quase sempre são bastante injustos com a maioria da população. Quem tem um corpo de modelo, fora as próprias modelos? Que mulher está livre das tão odiadas celulites? Que homem tem o corpo escultural de um Deus grego? Se as pessoas comuns quase sempre estão fora dos padrões idealizados, por que desejamos nos relacionar com aqueles que estejam dentro destes padrões?

Uma mulher inteligente, segura, carinhosa e bem-humorada, porém fora dos padrões estéticos vigentes, é bonita ou feia? Um homem fiel, competente, amoroso e culto, porém fora dos padrões estéticos vigentes, é bonito ou feio? O que quero dizer é que muitas vezes focamos demais em uma característica e nos esquecemos de todas as outras. Valorizamos o que está na superfície e deixamos em segundo plano o que realmente importa.

E isso evidentemente ainda dificulta a busca por um par, afinal de contas muitas pessoas encontram alguém que lhes parece perfeito, porém sua aparência física não é o que idealizaram. Muitos chegam a optar por simplesmente não se relacionar com o(a) tal pretendente, e seguem em uma busca desesperada por alguém que talvez só exista em sonhos.

Há situações ainda mais delicadas, como aquelas em que duas pessoas se conhecem e começam a se envolver, mas na hora de assumirem uma relação mais séria, uma hesita por causa da aparência física da outra. O fato de o par não estar dentro dos padrões de beleza gera o medo de críticas alheias e pode surgir até mesmo a vergonha de assumir o outro como namorado(a).

Há situações ainda mais delicadas, como aquelas em que duas pessoas se conhecem e começam a se envolver, mas na hora de assumirem uma relação mais séria, uma hesita por causa da aparência física da outra. O fato de o par não estar dentro dos padrões de beleza gera o medo de críticas alheias e pode surgir até mesmo a vergonha de assumir o outro como namorado(a).


Motivo de vergonha, em minha opinião, seria não enxergar além das aparências.

Mariana Santiago de Matos
        Psicóloga

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

AMOR, A FONTE DA ETERNA JUVENTUDE


Reverter a idade biológica por meio do amor é um dos temas mais importantes abordados pelo médico indiano Deepak Chopra no livro "Rejuvenesça e viva mais tempo".  Lá ele descreve dez passos para retardar o envelhecimento.
Entre eles estão relacionados: o Descanso, a Liberação das Cadeias de Condicionamento, a Modificação das Percepções e a Criatividade.

"Reverto minha idade biológica fazendo do amor o aspecto mais importante de minha vida", disse Chopra para logo resumir que o modo de colocar isso em prática é escutar atentamente e sem interromper, expressando afeto real e sincero, ao menos a uma pessoa todos os dias; entrar conscientemente em contato amoroso com todas as pessoas próximas e tomar consciência da energia sexual em todas as suas formas.

O amor é uma experiência crucial para qualquer ser humano, capaz de transformar não apenas sua psicologia, mas também sua biologia. Recentes investigações demonstraram que o amor ativa o organismo, possibilitando a mais rápida recuperação em caso de uma enfermidade.

As grandes tradições de todas as culturas informam que a unidade é a verdade íntima de toda existência. Os átomos se fusionam formando moléculas, os planetas se aliam ao sistema solar, os seres humanos se amam.

As partes do Universo buscam se unir entre si. De maneira que em sua essência, o amor é a busca do espírito, da unidade.
A maioria das pessoas não está em sintonia direta com sua essência espiritual. Por essa razão, a Natureza nos presenteia a possibilidade de nos enamorarmos. Este amor pessoal permite intuir o poder transformador do amor universal.

Para Deepak Chopra, o compromisso deve ser "ver cada ato de amor como uma expressão do espírito.
Olhar com ternura para uma criança, ajudar a um estranho, levar flores para a pessoa amada ou para um amigo, realizar um trabalho voluntário em um hospital" são atos ao mesmo tempo pessoais e espirituais que afrouxam as cadeias do egoísmo.

O amor cria a experiência da eternidade do momento presente.
Quanto mais se experimenta esse sentimento, mais se poderá rejuvenescer.  Por ser a busca do espírito, ao passar de um coração a outro, o amor regenera a biologia que reverte o envelhecimento.
As demonstrações de amor acontecem espontaneamente quando nos enamoramos.  O amor nos faz permanecer no presente, expressando nosso afeto agora.  Viver praticando o amor resulta numa vida mais jovem e ativa por mais tempo.

Ame, ame muito e seja muito feliz.

sábado, 10 de setembro de 2011

A REVOLUÇÃO DA ALMA



Aristóteles, filósofo grego, escreveu este texto " Revolução da Alma" no ano 360 A.C. . .

Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue a sua alegria, a sua paz, a sua vida nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém.

Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja.

A razão de ser da sua vida é você mesmo.

A sua paz interior deve ser a sua meta de vida; quando sentir um vazio na alma, quando acreditar que ainda falta algo, mesmo tendo tudo, remeta o seu pensamento para os seus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe dentro de si.

Pare de procurar a sua felicidade cada dia mais longe.

Não tenha objetivos longe demais das suas mãos, abrace aqueles que estão ao seu alcance hoje.

Se está desesperado devido a problemas financeiros, amorosos ou de relacionamentos familiares, busque no seu interior a resposta para se acalmar, você é reflexo do que pensa diariamente.

Pare de pensar mal de si mesmo, e seja o seu próprio melhor amigo, sempre.
Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar.
Então abra um sorriso de aprovação para o mundo, que tem o melhor para lhe oferecer.

Com um sorriso, as pessoas terão melhor impressão sua, e você estará afirmando para si mesmo, que está "pronto"para ser feliz.
Trabalhe, trabalhe muito a seu favor.
Pare de esperar que a felicidade chegue sem trabalho.
Pare de exigir das pessoas aquilo que nem você conquistou ainda.

Agradeça tudo aquilo que está na sua vida, neste momento, incluindo nessa gratidão, a dor.
A nossa compreensão do universo ainda é muito pequena, para julgarmos o que quer que seja na nossa vida.

"A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las."

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

MULHER DE ATITUDE ASSUSTA OU ENCANTA?

Nos últimos 30 anos, mais ou menos, o universo feminino tem experimentado profundas e inimagináveis mudanças. Se isso é bom ou ruim? Depende! Depende de como cada mulher encara e lida com essas mudanças. Depende da flexibilidade, da capacidade de ponderação, da noção de si em relação ao que acontece no mundo.

Enfim, mudanças são inevitáveis desde que a humanidade existe. Isto é fato e, portanto, indiscutível. Agora, sabemos que quando se trata de coração, amor e relações afetivas, as mudanças são sempre polêmicas e pedem um tempo para serem compreendidas, assimiladas e transformadas em possibilidades positivas, altruístas e criativas. Cada um no seu ritmo, ao seu tempo...

E com as mulheres de atitude, o caso não é diferente! Hoje mesmo, pra começarmos a ter uma noção de que tipo de atitude podemos estar falando, recebi uma notícia por email que dizia assim: “Site de traição registra mais de 11 mil mulheres em apenas um dia. Brasil é o país com maior índice de traição e amantes nos locais onde o site já atua”. Obviamente o título me chamou a atenção e fui ler do que se tratava. Resumindo: foi criado um site, já presente em vários países, e lançado no Brasil há 42 dias, para pessoas infelizes no atual relacionamento encontrarem amantes dispostos a ter apenas casos discretos.

A matéria aponta o número de registros de homens – que ainda é maior comparado com o das mulheres – e ainda arrisca estatísticas e razões para tudo isso. E fiquei me perguntando: o que é que está acontecendo conosco, meu Deus? O que significa essa busca? Medo? Conformismo? Desesperança? Excesso de atitude feminina? Falta de atitude masculina? Tudo isso junto e ao mesmo tempo?

Bem, penso que nenhuma dessas perguntas ou das respostas que poderíamos encontrar sejam um motivo por si só. Evidente que esse panorama é resultado dessas últimas décadas de mudança não só nas atitudes femininas como também nas masculinas. E vem muito mais por aí, sem dúvida.

Somos um sistema. Não tem essa de encontrar os responsáveis. As mulheres não são o que são apenas por si mesmas e nem os homens. Afetamos e somos afetados pelo outro, sempre! Mas a impressão que fica é a de que perguntas como essa que fiz no título deste artigo (Mulher de atitude assusta ou encanta?) jamais deveriam ser levadas em conta no momento de nortear o próximo passo feminino ou o próximo julgamento masculino e vice-versa.

Penso estar mais do que na hora de começarmos a formular perguntas e buscar respostas dentro da gente e não fora. Importa muito menos o fato de uma mulher estar encantando ou assustando os homens com suas atitudes do que o fato de ela se questionar se estas atitudes estão realmente coerentes com seu coração, seu desejo mais genuíno e as reais intenções para sua vida!

Ainda aposto que atitudes espontâneas, sintonizadas com sentimentos conscientes, sejam sempre encantadoras; enquanto que atitudes imbuídas de estratégias e joguinhos sejam sempre assustadoras, ainda que demorem a revelar estas facetas. O fato é que quanto mais as pessoas se tornam fakes, pouco importa qual imagem estão vendendo, o resultado nunca poderá ser bom!

Minha sugestão às pessoas que se relacionam para fazer o amor valer a pena e não para pegar o primeiro atalho e amenizar os desafios da atual relação, é que procurem ter atitudes sempre. E que procurem o equilíbrio: nem se ausentar e nem se exceder. Mas como isso nem sempre é fácil, quando não souberem o que fazer, apenas esperem, em silêncio, ouvindo o próprio coração, até que a melhor resposta apareça.

Porque, no final das contas, é sempre melhor calar enquanto não houver nada de bom a dizer. Assim como é sempre melhor aquietar enquanto não houver nenhuma atitude em harmonia com seu coração a ser tomada!

Rosana Braga
Psicóloga

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

É VERDADE, O AMOR É CEGO!

Um dos ditados mais antigos que conhecemos foi levado ao pé da letra por pesquisadores holandeses, que acabaram provando que o amor, de fato, cega as pessoas. Para os estudiosos, quando estamos apaixonados temos a tendência a ver a pessoa amada através de "lentes cor-de-rosa", que passam por cima dos narizes tortos, pneuzinhos e outras coisinhas que "enfeiam" o príncipe (ou a princesa) encantado(a).


O resultado da tal pesquisa? Homens e mulheres veem as suas caras-metade mais bonitas do que elas realmente são. O fenônemo pode explicar certos casais estranhos que vemos por aí, até mesmo no mundo das celebridades.
Os cientistas holandeses criaram a teoria da "ilusão positiva" depois de pedir para cerca de 70 casais para darem notas aos parceiros e responder perguntas sobre beleza. Os participantes também tinham que dizer o quão belo eles imaginavam que seus amados eram aos olhos de terceiros, e como eles classificavam os queridos em uma lista de outras pessoas de diferentes idades, e todas as respostas eram mantidas em sigilo para não influenciar as outras metades dos casais.

Ao final da pesquisa, os 140 participantes ainda foram ranqueados pelo público que se candidatou ao júri do estudo. O resultado comprovou: a beleza está nos olhos de quem vê. Todos os participantes acreditavam que seus parceiros eram mais bonitos do que realmente eram. E como pesquisas anteriores já haviam provado que também vemos nossos amados como mais simpáticos e inteligentes do que são na "vida real", parece que o amor é cego, em todos os sentidos.

"Durante um romance, os parceiros vão, frequentemente, encobrir os aspectos negativos e conflituosos que possam levar ao pensamento que aquela não é a pessoa 'certa' para eles", disseram os pesquisadores, que explicaram que esse "medo" é normal, uma vez que os defeitos do outro só aparecem depois de algum tempo, quando já investimos naquela relação.

Mas ver um príncipe onde na verdade existe um sapo, pode acabar causando inveja, e induzir as pessoas a ter casamentos infelizes. Mas os cientistas ainda disseram que farão uma nova pesquisa para checar se essa "cegueira" se mantém depois de anos de casamento, uma vez que os casais pesquisados estavam juntos há uma média de dois anos. "Provavelmente as ilusões positivas são muito mais fortes no início do namoro, quando temos uma tendência a idealizar como será o relacionamento", disseram. "Mas também pode ser mais fortes porque quando as pessoas são mais jovens, são, consequentemente, mais atraentes", completaram. 

Carolina Ruiz



terça-feira, 9 de agosto de 2011

SOLIDÃO

Li certa vez uma frase atribuída a Carl.G.Jung que resume o conflito da alma do ser humano na busca de si mesmo que é: "O paciente precisa estar só para reconhecer o que realmente o sustenta, quando mais nada externo consegue sustentá-lo. Só então encontrará sua base indestrutível!"

Só estaremos realmente tendo chances de entrar em contato com o que é verdadeiramente importante em nossa vida, quem somos e o que nos sustenta, quando percebemos que "nada" no mundo externo pode nos sustentar de fato.
Esses momentos podem chegar sem dor com a colaboração de nossa consciência que se expande e deixa de atribuir ao externo, aos outros, o poder de sustentar nossa vida.
Vemos a tudo e todos como companheiros de caminhada e não como muletas. Ou, essa busca pode vir com angústia, medo e sensação de solidão, quando em meio à dor, todas as nossas crenças são desafiadas, e não podemos contar com ninguém para sustentar nossa angústia e nossa vida. Parece que o chão se abriu a nossos pés, e nos falta o apoio.
Nesse momento de extrema sensação de solidão, sentimos como se nada pudesse nos motivar ou tivesse importância, consistência ou objetivo.  Essa é a grande noite escura da alma!

Se continuarmos a procurar no externo motivações de vida ou a buscar nossa identidade na opinião dos outros, estaremos fadados ao insucesso e a muitas frustrações. Nosso olhar precisa se dirigir ao interno, à busca de nossa base indestrutível, e essa busca pode ter início com muita curiosidade e prazer!
Mas, infelizmente, muitas pessoas precisam chegar a um ponto quase insuportável de tensão para começarem a fazer esse caminho interior.  E talvez por não conseguirem abandonar a visão e o mundo externo, elas acabem provocando que esse mesmo mundo, ao qual se apegam, as abandonem primeiro.
Talvez precisem se sentir descendo às profundezas de um poço escuro para terem que buscar suas respostas e sustento no Eu Interior.  Mas seja qual for o motivo da descida, no "fundo do poço existe uma potente mola, e não um ralo!"  Essa mola nos impulsiona para cima. Às vezes, só mesmo chegando ao fundo da piscina é que encontramos apoio para dar impulso e voltar à superfície!

Chega então a hora de subir.  Hora de dar a si mesmo esse impulso. Procure seu Eu Interno, sua verdade interior, sua alma, que é quem tem as respostas corretas.
Qual é a sua base indestrutível? O que sente de verdade? Qual sua principal missão nessa vida? Quem é você realmente? Quais os seus anseios?
Existe algo que só você pode fazer nesse mundo e por isso nasceu e está aqui e agora nesse planeta Terra.  Busque e faça o que veio fazer, sem se importar com o que o externo ache a respeito.  Ouse!  Construa algo que tem em seu coração e verá o qaunto o mundo precisava disso. Mas somente você é quem poderá fazer, pois somos seres únicos e a cada um de nós cabe uma parte dentro da grande obra de construção de um mundo melhor!
Todas as respostas estão dentro de você! Perceba que na verdade você já conhece essas respostas, mas apenas não ousou dizê-las a si!
Não existe solidão para quem encontrar a si mesmo!
Vera Calvet

"Se continuarmos a procurar no externo motivações de vida ou a buscar nossa identidade na opinião dos outros, estaremos fadados ao insucesso e a muitas frustrações. Nosso olhar precisa se dirigir ao interno, à busca de nossa base indestrutível."

sábado, 23 de julho de 2011

SERÁ QUE DEPOIS DA TRAIÇÃO, AINDA DÁ PARA CONTINUAR?

Infidelidade é um assunto que costuma gerar discussões acaloradas e quase sempre faz as pessoas apontarem vítimas e algozes da situação: “Que canalha, como pôde trair a esposa?”; “Como ela fez isso logo com ele, um cara tão bacana?”; “Se eu fosse ele, teria feito a mesma coisa!”; “Coitada, não merecia isso...”. Essas e outras frases refletem os pensamentos que geralmente surgem em conversas sobre alguém que traiu um outro alguém.

Escreverei hoje sobre infidelidade, porém fugirei completamente a estes pensamentos. Explico o principal por quê: não acredito em vítimas ou algozes em relações. Em outras palavras, nos relacionamentos não há um “bom” e um “mau”, não há um “coitado” e um “carrasco”. Se as duas pessoas estão juntas, é porque algo as mantém juntas. Seja lá o que este “algo” for – amor, dependência, comodidade, companheirismo, sexo, ou tantas outras coisas – estar junto é uma escolha. Dito isso, passemos então ao nosso assunto tão complexo.

Vejo muitos homens e mulheres argumentando que os homens traem mais porque fazer isso “é da natureza masculina”. Essas pessoas explicam que o homem teria um desejo sexual maior do que o da mulher e por isso teria necessidade de buscar sexo fora do casamento. Isso é um mito.

Nas pesquisas da psicóloga Mírian Goldenberg, que há 20 anos vem estudando o assunto, 60% dos homens e 47% das mulheres afirmaram já terem sido infiéis. Ou seja, se os homens traem mais, não é muito mais. E não há absolutamente nada de genético ou “da natureza masculina” nisso. Trata-se de uma questão essencialmente cultural.

Pense bem em como vivemos nos últimos 200 anos. O homem sempre foi o elemento mais importante de uma família, com mais direitos do que todos os outros membros, inclusive a mulher. À esta última cabiam apenas os afazeres domésticos, o cuidado com os filhos e o zelo com o marido. Nada de muitos prazeres nem muitas escolhas. Prazer sexual, então, era algo exclusivo dos homens. Como ter prazer com a própria esposa era algo visto negativamente, era comum os homens buscarem sexo fora do casamento. As mulheres evidentemente sabiam disso e aceitavam a condição, até porque não tinham muita opção.

Alguém pode estar pensando: Ora, mas hoje em dia tudo é muito diferente. Sim, concordo. As coisas mudaram bastante, especialmente a partir da metade do século XX. Essas transformações, por mais radicais que tenham sido, não têm nem 100 anos ainda. Isso significa que a mentalidade de que o homem tem mais necessidade de sexo e por isso trai persiste em muitas mentes, mesmo na daqueles que nasceram já depois de todas as mudanças.

Se homens e mulheres traem, porque fazem isso? Aliás, por que tantas pessoas fazem isso, já que os números mostram que não são poucas? Bem, exatamente por não serem poucas é que fica difícil apontar apenas uma ou duas razões para a infidelidade. Pode-se ser infiel por solidão, raiva, insatisfação, carência, poder, vingança, busca pelo novo, desejo de viver uma aventura... Vejo muitas pessoas taxativamente considerarem que se há traição, não há amor. Não penso que seja bem assim.

O que me parece haver em comum nas situações em que as pessoas são infiéis é a busca de algo que não encontram na relação. Uma mulher, por exemplo, pode trair por não encontrar em seu relacionamento a compreensão que desejava. Trai, então, não por não amar o companheiro ou por uma aventura, mas buscando ser compreendida. Um homem, por sua vez, pode trair por sentir seu relacionamento como tedioso. Assim, por não querer deixar a mulher que ama, busca meios de ter a emoção que deseja. Estes não são os únicos exemplos. Muitos outros poderiam ser dados, com diferentes situações que têm como pano de fundo da infidelidade a busca por algo que a relação não oferece.

A infidelidade, quando descoberta, sempre gera sofrimento. O traído sofre por razões óbvias. O homem geralmente se sente humilhado, enquanto a mulher descobre, da pior maneira possível, que não era tão única e especial quanto imaginava ser. E até quem foi infiel também acaba sofrendo, não simplesmente por ter sido descoberto, mas porque se escancaram as dificuldades que há no relacionamento.

E como evitar todo esse sofrimento? Antes disso, como evitar que a infidelidade seja percebida por um membro do casal como necessária? A resposta está no diálogo entre os dois. Se uma pessoa é infiel por sentir falta de algo em seu relacionamento, o outro precisa saber que este algo está faltando. Cabe a cada um a responsabilidade de dizer ao(à) companheiro(a) o que está sentindo, no que está insatisfeito(a), o que desejaria mudar. De nada adianta simplesmente culpar o outro, a rotina, o tempo de relação, a qualidade do sexo e tantas outras coisas que acabam servindo de argumento para a infidelidade. Se há um problema, é preciso compartilhá-lo com o outro, para então solucioná-lo a dois.

Dra. Mariana Santiago de Matos  (Psicóloga)
             
Concordo plenamente com a Dra Mariana, se dois seres resolvem estar juntos, isso significa que algo em comum entre eles existe, pois é impossível o relacionamento entre duas pessoas quando não existe nenhuma afinidade. E nada como conversar, colocar um para o outro o seu ponto de vista, suas dúvidas. Este é o melhor caminho para que não haja a traição ou pelo menos não se termine um relacionamento apenas por falta de diálogo, tão importante em qualquer convivência.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

DEVAGAR, MAS SEMPRE!



"Mais ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior contudo, se renova, de dia em dia." - Paulo


Observa o espírito de sequência e gradação que prevalece nos mínimos setores da Natureza.
Nada se realiza aos saltos e, na pauta da Lei Divina, não existe privilégio em parte alguma.
Enche-se a espiga de grão em grão.
Desenvolve-se a árvore, milímetro a milímetro.
Nasce a floresta de sementes insignificantes.
Levanta-se a construção, peça por peça.
Começa o tecido nos fios.
As mais famosas páginas foram produzidas, letra a letra.
A cidade mais rica é edificada, palmo a palmo.
As maiores fortunas de ouro e pedras foram extraídas do solo, fragmento a fragmento.
A estrada mais longa é pavimentada, metro a metro.
O grande rio que se despeja no mar é conjunto de filetes líquidos.
Não abandones o teu grande sonho de conhecer e fazer, nos domínios superiores da inteligência e do sentimento, mas não te esqueças do trabalho pequenino, dia a dia.
A vida é processo renovador, em toda parte, e, segundo a palavra sublime de Paulo, ainda que a carne se corrompa, a individualidade imperecível se reforma, incessantemente.
Para que não nos modifiquemos, todavia, em sentido oposto à expectativa do Alto, é indispensável saibamos perseverar com o esforço de auto-aperfeiçoamento, em vigilância constante, na atividade que nos ajude e enobreça.
Se algum ideal divino te habita o espírito, não olvides o servicinho diário, para que se concretize em momento oportuno.
Há ensejo favorável à realização?
Age com regularidade, de alma voltada para a meta.
Há percalços e lutas, espinhos e pedras na senda?
Prossegue mesmo assim.
O tempo, implacável dominador de civilizações e homens, marcha apenas com sessenta minutos por hora, mas nunca se detém.
Guardemos a lição e caminhemos para diante, com a melhoria de nós mesmos.
Devagar, mas sempre.

Francisco Cândido Xavier pelo espírito Emmanuel

sexta-feira, 8 de julho de 2011

"CONTINUE EM FRENTE"

Por mais que lhe falem de tristeza... prossiga sorrindo!

Por mais que lhe demonstrem rancor... prossiga perdoando!

Por mais que lhe tragam decepções... prossiga confiando!

Por mais que lhe ameacem de fracasso... prossiga apostando na vitória!

Por mais que lhe apontem erros... prossiga com os acertos!

Por mais que discursem sobre a ingratidão... prossiga ajudando!

Por mais que noticiem a miséria... prossiga crendo na prosperidade!

Por mais que lhe mostrem destruições... prossiga na construção!

Por mais que acenem doenças... prossiga vibrando saúde!

Por mais que exibam ignorância... prossiga exercitando sua inteligência!

Por mais que o assustem com a velhice... prossiga sentindo-se jovem!

Por mais que plantem o mal... prossiga semeando o bem!

Por mais que contem mentiras... prossiga na verdade!

Por mais difícil que lhe pareçam realizar estas coisas... prossiga acreditando na capacidade que tem para cumprí-las!


Dê ao mundo o melhor de você, mas isso pode nunca ser o bastante.
Dê o melhor de você assim mesmo. Veja você que, no final das contas, é entre você e Deus.
Nunca, entre você e as outras pessoas!

(Autor desconhecido)

sábado, 18 de junho de 2011

VOCÊ QUER UM AMOR, CUSTE O QUE CUSTAR?

Algumas pessoas, depois de passar um longo tempo sem namorar, entram numa espécie de redemoinho de ansiedade e desespero, pensando e agindo de modo visivelmente desesperado para conseguir engatar um encontro, um caso, qualquer que seja a forma de vínculo.


Claro que a maioria nem percebe essa dinâmica desvairada que adota. Muitos acreditam mesmo que estão apenas “lutando” por alguém que lhes interessa – e nada mais natural. Mas a questão é que sempre tem alguém, ou melhor, essas pessoas se apaixonam e se desapaixonam quase que semanalmente.

Há ainda aquelas que nunca ficam sem uma história de “amor”. Estão sempre enroladas e sofrendo. E assim, terminam assumindo como seus aqueles perfis sustentados pelo azar: “tenho o dedo podre para relacionamentos”, “só atraio pessoas erradas”, “não nasci para ser feliz no amor”, entre outros.

E apesar disso, praticamente afogadas na inconsciência e na falta de autoconhecimento, essas pessoas não se dão conta de que precisam parar, olhar para si mesmas, sentir e, sobretudo, refletir sobre algumas questões básicas: “o que eu realmente quero?”, “o que estou buscando no outro que, talvez, devesse encontrar antes em mim mesma?”, “por que será que não tem dado certo?”, “será que devo mudar algo em mim para que os encontros sejam mais harmoniosos?”.

Se você tem se sentido angustiado, carente e frustrado porque não consegue namorar, cuidado com a cilada do “vou conseguir, custe o que custar”. Veja bem: Quando você se predispõe a pagar qualquer preço por uma companhia, só para poder “provar”, seja para si mesmo ou para quem quer que seja, que você é capaz de atrair um par, é muito provável que a conta, isto é, o tal preço de custo seja bem mais alto do que você imaginava.

Relacionamento tem de ser caminho para a evolução e não para a involução, para a autodestruição, para a aniquilação de auto-estima, segurança e amor próprio. Amor tem de ser gratuito, fluido, gostoso. Encontro tem de ser leve, divertido, motivador. Namoro tem de ser sinônimo de troca, reciprocidade, acréscimo, encantamento.

Mas tudo isso de bom só é possível quando você tiver noção do quanto merece, do quanto realmente pode ser feliz. E assim, em vez de pagar para ter alguém em sua vida, compreenderá que se fôssemos comparar o entrelaçamento de dois corações com uma negociação, estaria mais para uma permuta: Você dá o seu melhor e recebe do outro o melhor que ele tem a oferecer. Ninguém precisa pagar nada. Não há custos, a não ser o da aprendizagem.

Portanto, pare de atirar para todos os lados, desperdiçar os seus dias em função de um outro que você nem sabe se te quer. Desespero não atrai e sim espanta, assusta. Lembre-se: Para atingir um alvo, você precisa de foco, precisão e conhecimento. E para conquistar um coração, você precisa de sensibilidade, cuidado, respeito e auto percepção. Se conseguir exercitar o melhor dessas artes, é bem provável que você pare de pagar – e muito caro – para viver encontros que mais servem para te roubar toda sua esperança do que para te fazer feliz de verdade.

Dra. Rosana Braga

segunda-feira, 6 de junho de 2011

NARCISISMO

O narcisismo descreve uma condição psicológica e uma condição cultural. Em nível individual, indica uma perturbação da personalidade caracterizada por um investimento exagerado na imagem da própria pessoa à custa do seu self (eu profundo).
Os narcisistas estão mais preocupados como o modo como se apresentam do que com o que sentem.
De fato, eles negam quaisquer sentimentos que contradigam a imagem que procuram apresentar.
Agindo sem sentimento, tendem a ser sedutores e ardilosos, empenhando-se na obtenção de poder e de controle.  São egoístas, concentrados apenas em seus próprios interesses, mas carentes de verdadeiros valores do self- notadamente, auto-expressão, serenidade, dignidade e integridade.
Aos narcisistas falta um sentimento de identidade derivado de seus sentimentos e sensações corporais.
Sem um sólido sentimento do self, vivem a vida como algo vazio e destituído de significado.
Em nível cultural, o narcisismo pode ser considerado como perda de valores humanos, uma ausência de interesse pelo meio ambiente, pela qualidade de vida, pelos seres humanos e seus semelhantes.
Uma sociedade que sacrifica o meio ambiente natural em nome do lucro e do poder revela sua insensibilidade em face das necessidades humanas.
A acumulação de coisas materiais converte-se em medida de progresso na vida.
Quando a riqueza ocupa uma posição mais elevada do que a sabedoria, quando a nororiedade é mais admirada que a dignidade, quando o êxito é mais importante do que o respeito por si mesmo, a própria cultura sobrevaloriza a "imagem" e deve ser considerada narcisista.
O narcisismo do indivíduo corre paralelamente com o da cultura. Modelamos nossa cultura de acordo com nossa imagem e, por sua vez, somos modelados por essa cultura.  Podemos entender uma sem compreender a outra? Pode a psicologia ignorar a sociologia, ou vice-versa?
As neuroses de antigamente, representadas por culpas, ansiedades, fobias ou obsessões incapacitadoras, não são comumente vistas hoje em dia.  Pelo contrário, mais pessoas se queixam de depressão, elas descrevem uma ausência de sentimento, um vazio interior, uma sensação profunda de frustração e de insatisfação com o que lograram realizar na vida.
Muitas delas são bem-sucedidas em seu trabalho, o que sugere uma divisão entre o que realizam no mundo e o que passa em seu íntimo. Seu desempenho social, sexual e profissional parece eficiente demais, mecânico demais, perfeito demais para ser humano.  Elas funcionam mais como máquinas do que como pessoas.
É fácil identificar os narcisistas pela falta das melhores qualidades humanas: ternura, compaixão e solidariedade,
Quando a fachada narcisista de superioridade e singularidade desmorona, permitindo que a sensação de perda e tristeza se torne consciente, é geralmente tarde demais.
Existe algo de loucura num padrão de comportamento que coloca a ambição do êxito acima da necessidade de amar e ser amado.
E existe algo de loucura numa cultura que destrói a natureza em nome de um padrão de vida "mais elevado".

Alexander Lowen

domingo, 15 de maio de 2011

DOPAMINA NÃO É SOBRE A FELICIDADE, É SOBRE A BUSCA DA FELICIDADE.(ROBERT SAPOLSKY)



Todo mundo associa a “dopamina” (neurotransmissor do cérebro) com o efeito de uma ação de prazer ou de algo que envolva uma recompensa “prazerosa”, algo que envolva conseguir um estado onde se está feliz. Mas Robert Sapolsky, professor de Neuriciência e Ciências Biológicas da Universidade de Stanford (EUA), tem uma correção a fazer sobre essa associação: “Em vários experimentos, o disparo de dopamina acontece ao ser dado um sinal para uma ação, e não após a recompensa“, diz ele numa palestra na California Academy of Sciences, publicada na íntegra no ForaTV —

Aqui vai um trecho traduzido:

“A dopamina não tem a ver com o prazer, tem a ver com a antecipação do prazer. É sobre a busca da felicidade, e não a felicidade em si”, diz ele, relatando estudos feitos com macacos treinados com sinais, tarefas, intervalos e recompensas. “Mas, ao contrário dos macacos, o que é único a nosso respeito é que somos capazes de manter os níveis de dopamina altos por décadas e décadas“.

O que isso significa? Que nós podemos ter o disparo de dopamina antes de comer um chocolate? Antes de jogar uma partida de tênis? Antes de fazer sexo? Antes de tomar uma xícara de café?

Sapolsky também afirma que, se você cortar a recompensa, o disparo de dopamina não acontece. Há uma relação com o saber que a recompensa existe e que ela virá, de antecipá-la. Então, mesmo disparando antes de você comer um chocolate, a dopamina vai precisar constatar a chegada do chocolate para que continue atuando das próximas vezes. Por isso, a surpresa está no fato que a neurotransmissão do prazer acontece porque você simplesmente sabe que a experiência que lhe dá prazer está para acontecer, e, mesmo antes de ser realidade, seu cérebro já recebeu o sinal para ser feliz.



 

sábado, 30 de abril de 2011

A DIFERENÇA ENTRE "VER E ENXERGAR"


Está preparado para uma surpresa?

Algumas pessoas têm olhos, mas não vêem.

Você pisca vinte e cinco vezes por minuto. Cada piscada leva aproximadamente um quinto de segundo. Portanto, se você faz uma viagem de automóvel que dura dez horas, a uma velocidade de 65 quilômetros por hora, você dirige aproximadamente 32 quilômetros de olhos fechados.

Pois um fato muito mais surpreendente que este é que algumas pessoas passam suas vidas de olhos fechados. Elas olham, mas não enxergam realmente… não questionam… a visão é presente, mas a percepção é ausente. Se a vida fosse uma pintura, veriam as cores, mas não a genialidade das pinceladas. Se fosse uma viagem, notariam a estrada, mas não a majestosa e tremenda paisagem. Se fosse um poema, leriam o que está escrito na página, mas perderiam a paixão do poeta.

As pessoas mais inteligentes podem às vezes estar cegas a uma visão maior, especialmente se isso significa uma grande mudança no Status quo. Até o grande Mark Twain teve dificuldade em discernir entre boas e más visões. Apesar da sua inteligência, ele foi apanhado pela cegueira.

Uma tarde, Twain recebeu a visita de mais um homem em busca de investidores – um inventor carregando debaixo do braço uma engenhoca de aparência estranha. Ansioso e com bastante convicção, o homem explicou o seu invento ao escritor, que ouviu polidamente, mas no final disse que teria que recusar; já havia se queimado muitas vezes.
- “Mas não estou pedindo que o senhor invista uma fortuna”, o visitante alegou.
- “Pode ter a participação que desejar por 500 dólares”. Ainda assim, Mark Twain sacudiu a cabeça. Não estava disposto a se arriscar em uma invenção que não fazia nenhum sentido para ele. Quando o inventor resolveu ir embora com sua máquina, o escritor o chamou:

- “Como é mesmo o seu nome?”
- “Bell”, o homem respondeu, com um traço de melancolia na voz, “Alexander Bell”.

As pessoas sem perspicácia habitam principalmente no reino do óbvio… do esperado… do essencial. As dimensões que as interessam são compridas e largas, mas não profundas. Entenda que isso não é uma crítica às pessoas que não conseguem se aprofundar… mas as que conseguem – e não querem.

Portanto, o desafio proposto a você é: Abra seus olhos! Pense! Aplique! Escave! Escute!

Existe uma imensa diferença entre uma piscada necessária e a cegueira desnecessária.


Daniel Carvalho Luz
Texto adaptado do livro Fênix.

sábado, 23 de abril de 2011

VOCÊ ESCOLHE OU É ESCOLHIDO?




Que a vida é feita de escolhas, não resta dúvida. Escolhemos a todo o momento, seja consciente ou inconscientemente. Inclusive, até a decisão, também consciente ou não, de não escolher, é uma escolha. E algumas vezes, uma das mais perigosas!


Acontece que, por falta de autoconhecimento ou até mesmo por medo de descobrir que o momento é de esperar e de não saber lidar com a ansiedade dessa espera, muitas pessoas se deixam escolher e depois simplesmente se lamentam pelas conseqüências, como se nada pudessem ter feito.

Quando se trata de relacionamentos amorosos, a preferência por se deixar escolher é mais frequente do que imaginamos. Talvez seja a razão por que tantas pessoas se dão conta, depois de algum tempo, do quanto poderiam ter evitado algumas catástrofes emocionais se tivessem sido mais imperativos no momento da escolha, se tivessem dado ouvidos à sua intuição ou aos sinais que a vida mandou... Porque ela sempre manda!

Sim, é verdade que existe um dito popular avisando que “quem muito escolhe acaba escolhido”. Entretanto, o lembrete serve para nos alertar sobre o excesso de críticas, o orgulho exagerado ou a análise que paralisa, que impede a tomada de decisão.

Ou seja, o ideal é aprender a calibrar o coração para que não haja nem negligência no ato de decidir se é hora de exercitar o amor ou de esperar, nem um medo sem sentido de tentar de novo. Pessoas carentes demais, que aceitam qualquer relacionamento para aplacar seu pavor de ficar só e ter de encarar a si mesmo e suas limitações, certamente vão terminar e começar relações sem se questionarem qual o aprendizado, qual o amadurecimento para um futuro encontro que seja mais satisfatório e harmonioso.

Por outro lado, pessoas críticas demais, orgulhosas demais ou que morrem de medo de se entregar a uma relação e vir a sofrer, também pagarão um preço alto, muitas vezes amargando a solidão e se privando da alegria e do privilégio de vivenciar o amor.

Minha sugestão é para que você, em primeiro lugar, tenha muito claro para si o que realmente deseja viver quando o assunto é amor. O que tem para oferecer? Quanto se sente preparado para lidar com as dificuldades que vêm à tona num relacionamento, sejam elas ciúme, insegurança, falta de autoestima, ausência do outro, diferenças de ritmo, etc.? Quanto já aprimorou sua habilidade de se comunicar, de falar sobre o que sente, o que quer e, principalmente, de ouvir o outro e tentar uma conciliação sempre que necessário?

Depois, com um mínimo de autoconhecimento, sugiro que você se questione e reflita sobre sua noção de merecimento e crenças. Quanto você realmente acredita que merece viver um amor baseado na confiança, na lealdade e na intensidade? Quanto você realmente acredita que possa existir um amor assim? Pode apostar: se você não acredita nesta possibilidade, dificilmente vai viver uma relação que valha a pena, simplesmente porque esta opção não faz parte do seu universo.

E, por último, mais do que ansioso ou distraído, mantenha-se tranqüilo e seguro de que o amor acontecerá no momento certo. Nem antes e nem depois. Não é preciso que você busque desesperadamente. Apenas viva a partir do que existe de melhor em você e permaneça presente, atento ao que acontece ao seu redor. E todo o universo estará conspirando a seu favor, porque, afinal de contas, nascemos para amar e sermos amados.


Rosana Braga

sexta-feira, 15 de abril de 2011

TRAIÇÃO




Para qualquer casal a traição quando acontece é naturalmente um motivo de profunda tristeza, ressentimento, frustração, surpresa, brigas.


Em cada cultura a relação com outro parceiro terá um significado próprio, mas nas culturas monogâmicas a relação extraconjugal não é aceita. Vivemos no modelo da monogamia e dentro desse modelo a proposta é de exclusividade na relação e todo terceiro é visto como um intruso, uma ameaça à dupla já formada.

No geral, o triângulo em qualquer tipo de relação costuma trazer confusões e dificuldades, seja entre amigos, no trabalho e acima de tudo na vida conjugal. Nesses cenários se repetem os mesmos movimentos, dois se unem, um se sente de fora, mais adiante a dupla muda e será um outro o excluído. À medida que todos se tornam adultos essa dinâmica passa a ser mais administrável e mais fácil, menos persecutória, mas ainda assim todos conhecem aqueles que não conseguem compartilhar amigos, que não sabem conviver em grupos de trabalho e assim por diante. De toda forma existe, em especial na vida adulta, uma área onde o terceiro não deve nunca existir, nas relações amorosas. Não há crescimento e amadurecimento que leve à uma aceitação desse tipo, somos criados na nossa cultura para sermos fiéis. Compreendemos que quando há uma escolha por um parceiro devem ficar de fora todos os outros e dentro dessa regra e desse desejo seguimos.

Acontece que precisamos perceber que a traição, quando estamos falando de casais adultos, experientes e maduros, na maioria das vezes acontece por determinadas razões, situações, sentimentos, medos, erros que levam a esse desfecho. Acima de tudo costumo acreditar que a traição tem um sentido dentro daquela dupla, ela representa um aspecto adoecido da relação em questão.

Com isso não quero dizer que não haverá dor, ressentimento, profunda tristeza, ninguém em um primeiro momento lida com a traição como um representação de aspectos de uma relação. Ela é vista e sentida prioritariamente como um golpe não anunciado. Poderia dizer que a traição é o último recurso, o último grito de que algo não vai bem, que alguém não está feliz, normalmente os casais já manifestaram suas insatisfações, mas muitas vezes não foram percebidas e eles mesmos as atropelaram. Muitos são maduros o suficiente e conseguem administrar os problemas conjugais de outra forma, brigam, discutem, conversam ou se separam, muitos porém “atuam” a dificuldade, transformam em ato aquilo que não sabem expressar.

Com tudo isso, quero apontar que nem sempre a traição acontece por falta de caráter, por malandragem (usando termos coloquiais) e muitas vezes porque aquele que trai tem uma profunda dificuldade em nomear, verbalizar e até perceber o que está sentindo, que deseja mudanças, que se sente insatisfeito. Claro que podemos sempre dizer que muitos se sentem assim e não recorrem à uma outra relação, o que é absoluta verdade e por isso o sofrimento é ainda maior, quando se está com alguém que não soube ser adulto ou maduro para abrir o jogo e expor suas questões afetivas. Também entendemos a traição como um desejo quase infantil de reparação imediata das insatisfações da vida e como uma fuga da realidade, pois é na fantasia que uma relação extraconjugal se forma e se mantém, a maioria quando confrontada com a realidade não segue adiante.

É possível compreender a traição como um gesto que leva à uma crise entre o casal e se essa crise acontecer em um casal que, apesar de tudo, deseja estar junto, deseja recomeçar, reparar os erros, retomar do ponto de onde se perderam, ela terá por fim uma utilidade, ela servirá como seta apontando para a necessidade de uma nova direção.

Toda crise conjugal tem um significado, uma razão para acontecer, a crise não precisa ser necessariamente o caminho para um ruptura, ela pode, apesar de toda a dor e sofrimento, ser um período que levará à mudanças e transformações, ao crescimento e amadurecimento, em muitos casais ao fortalecimento da relação, à um novo encontro dentro de uma antiga união.

Dra Juliana Amaral

sexta-feira, 25 de março de 2011

O DIA DO BASTA

Quantas vezes dizemos, em nosso diálogo diário conosco, que aquela seria a última vez que faríamos determinadas coisas, cujos efeitos danosos conhecemos em todas as suas nuances.

Ainda que tenhamos passado por "poucas e boas" em nossa jornada, parece que nossas resistências sempre tendem a vencer, dificultando nossa iniciativa para mudarmos de rumo.
Escolhas habituais nos permitem, tão somente, vivenciar velhos costumes, esticando nossa antiga agonia de seguir naquilo que nossa alma sabe que já não serve mais.

Existem diferenças fundamentais entre "saber" e "fazer", isto é, movimentar-se do teórico ao prático.
Significa que isso somente acontecerá, quando nossa atitude for diferente e firme no propósito de experimentarmos o novo.
Afinal, o que nos impede verdadeiramente de agir, se dentro de nós há um lado bastante disposto a se renovar?
Por que não deixamos ir o "velho", sabendo que ele não atende mais aos nossos anseios da alma? Por que não nos abrimos e cedemos ao "novo", sabendo que ele poderá trazer horizontes mais amplos de conquista pessoal?

Não o fazemos porque o "velho", embora ruim e desagradável, é um caminho bastante conhecido, e o "novo" é uma espécie de "tiro no escuro", pois nunca se sabe onde a bala irá parar de verdade.
Temos vontade, mas falta-nos coragem !
Os tormentos comuns da dúvida, aliados aos medos já vivenciados, em antigos e eventuais fracassos, conectados uns aos outros, imobilizam-nos para agir, e ficamos ainda mais concentrados na ideia de que a nova iniciativa não dará certo.

No entanto, é preciso muita humildade para assumir a coragem de buscar um novo caminho, "desidentificando-nos" com a antiga imagem de nós mesmos, abdicando da ideia de que precisamos "parecer ser", para assumirmos nova postura do que efetivamente agora "somos".

Finalmente, hoje, chegou o "Dia do Basta".

Respire fundo, conectando-se com o "Bem Maior", e rompa de uma vez por todas, com os pesados grilhões das velhas e desgastadas amarras e manias, permitindo-se confiar e experimentar o frescor de uma alma renovada, que está aprendendo a reconhecer na grandeza de si mesma, as melhores alternantivas para vivenciar esse novo momento dentro do coração.
Há muito tempo, a dor da "mesmice", condicionada a velhas, repetitivas e cansativas escolhas, pede passagem a novas alegrias, que possam significar motivação e vontade de crescer em um só tempo.

Não tenha medo !

Somente com a sua luz interior, focada agora nas novas estradas que se materializam à sua frente, será possível seguir com clareza, confiança e destemor!
Use o discernimento e compreenda a importância da hora que passa.
Se você já consegue reconhecer em sua vida, coisas que já não servem mais, embora tenham sido úteis e vantajosas em circunstâncias do passado, não espere chegar uma nova série de aborrecimentos e dificuldades para mudar de atitude.

Seja firme e resoluto ! Decida !

Lembre-se que todo crescimento pessoal e espiritual que nos possibilita libertação, quase sempre costuma gerar um natural, mas aflitivo descontentamento naqueles que estão acostumados à "arte da manipulação" - de nossa vida e da de outros.
Confie no amparo das "Forças Superiores da Vida" e prossiga rumo ao cerne de seu coração.
Pense nas incríveis alegrias que estarão presentes, quando você não mais precisar "aparentar ser" o que você não é mais.

Nós só ficamos bem em tudo, isto é, luminosos e livres, quando utilizamos o talento de sermos "nós mesmos" - sem máscaras, reconhecendo com transparência, as bençãos incontáveis do que já podemos usufruir, redescobrindo e percorrendo os caminhos da paz, sem medo de ser feliz.

Exercite o dom de escolher a serenidade da consciência tranquila, e harmonize-se na conexão com o "Amor Divino Universal", e tudo será diferente em beleza e realização.
Participe desse "Banquete Espiritual", ao qual só são convidados aqueles que optaram por "deixar ir o velho", assumindo um novo caminho, ainda que inicialmente de forma tímida, mas com certeza firme e forte de que: "Deus está no leme da embarcação".

Portanto, nesse sentido, a tempestade já tem hora certa para perder a força e importância. E a bonança, sem dúvida alguma, virá naturamente na sequência, trazendo um verdadeiro tesouro, reservado somente para quem já "fez por merecer".

Irineu Gasparetto

quinta-feira, 17 de março de 2011

A MASSACRANTE FELICIDADE DOS OUTROS


Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.
Estamos todos no mesmo barco.
Há no ar um certo queixume sem razões muito claras.  Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem.
De onde vem isso?

Anos atrás a cantora Marina Lima compôs com seu irmão, o poeta Antonio Cícero, uma música que dizia:
Eu espero acontecimento,só que quando anoitece, é festa no outro apartamento.

Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite.  É uma das características da juventude: Considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são, ou aparentam ser.

Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho.
As festas em outros apartamentos são frutos da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes, falsos sorrisos e falsas notícias.
Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim.

Estamos todos no mesmo barco, com músicas para dançar pela sala e também motivos para se refugiar no escuro, alternadamente.  Só que os motivos para se refugiar no escuro raramente são divulgados.
Para consumo externo, todos são belos, sexys, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores.
Nunca conheci ninguém que tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

Nesta era de exaltação de celebridades reais e inventadas, fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça.  Mas tem.
Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vai ser incluído na nossa biografia.
Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores.
Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige?
Será tão gratificante ter um paparazzo na sua cola toda vez que você vai sair de casa?
Estarão mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes enquanto só você está sentada no sofá pintando as unhas do pé?

Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista.
As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.

Martha Medeiros

domingo, 6 de março de 2011

O Apego - Quando a dependencia atrapalha o nosso caminho




Você já sofreu para se desfazer de alguma coisa ou de alguém? Ficou naquele dilema de que isso pode ser útil ou que foi a vovozinha que me deu. Você guarda mil lembranças tapadas do pó, as quais na verdade são só recordadas na hora da faxina e de arrumar espaço.

Ou, ainda, você tem aquela relação de dependência com alguém? Conheço a história de muitos divórcios que um dos cônjuges não conseguia viver longe da mãe. Aliás, conheço algumas pessoas que, mesmo após a morte da mãe, não se libertam dessa relação e continuam comparando todos à mãe. Lógico, estão sozinhos.

Isso é apego. São pessoas que temem a liberdade, abdicam de seu poder interior, tornando-se dependentes de uma pessoa, de um evento, de uma coisa ou de mil coisas, de uma religião que utilizam como bengala exterior, e não como um apoio interior. Sofrem, e muito! São inseguras.

Outras pessoas não guardam "mil coisas tapadas de pó" externamente, mas guardam milhões de ressentimentos, de mágoas. Isso é apego sob a forma de aversão. Mas o fato é que carregam aquela criatura, situação, seja lá qual for a causa, sempre junto de si, grudadinha. Não se libertam e não perdoam, porque pensam que o perdão é um benefício imerecido para o adversário, afinal merece o fogo do inferno. Não veem que são eles que queimam primeiro, consumindo a própria saúde. É um erro, pois o perdão beneficia a quem perdoa, pois liberta desse apego negativo. Limpa, areja e renova a vida de quem perdoou. Liberta do sofrimento.

O apego independe de valor; em geral, elas acabam apegadas ao lixo. Aquelas coisas tão importantes foram tomadas pelo pó, pelas traças, pelo mofo, perderam o valor, saíram de moda, o cupim comeu, a ferrugem foi oxidada, enfim... virou lixo. Nos relacionamentos, se dá o mesmo, somente são outros os fatores de corrosão. E lá está entulhando a vida, dando trabalho inútil.

Um dos exemplos mais tristes é o dos moribundos, aquelas situações em que o corpo físico apodrece sobre a cama e o espírito não se liberta. Apegado á vida material, teme a morte e vive uma agonia e um sofrimento lamentáveis. Explicou-me o espírito Georges que isso era apego, e que a espiritualidade preferia deixar que o doente experimentasse aquele sofrimento todo ainda no corpo e que o afastasse conscientemente, do que acabar com o sofrimento visível no físico, mas seguir carregando o problema do apego no outro mundo. A espiritualidade ensina que o apego à matéria é o maior indicativo de inferioridade em um ser humano. O mesmo é pregado há milênios pelas religiões orientais. Desapegar-se é uma atitude sadia, positiva, que nos conecta com a nossa essência, com a nossa alma, com o movimento da vida, pois é sinal de liberdade e autonomia interior. E a alma precisa de liberdade. Em relação às relações humanas, vale lembrar que damos o que temos; então, que tal presentearmos os outros com o melhor do que trazemos em nossos corações? Por certo, receberemos felicidades.

Ana Cristina Vargas





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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

SEU CORPO FALA



Existe algo mais íntimo para você do que seu próprio corpo?
Afinal, estão juntos 24 horas do dia desde que você nasceu.  Ainda assim as pessoas se esquecem de prestar  a devida atenção nele.
Muitas vezes o organismo dá sinais óbvios de que as coisas não vão bem, ou de que ele precisa de algo e, simplesmente, é negligenciado.  Uma pena.  Várias receitas médicas poderiam ser economizadas.  Mas, dá para entender.  Afinal, numa época em que há tanta tecnologia disponível para tornar nossa vida mais fácil e detectar tudo, qual a vantagem de ouvir o que o corpo fala?  Há tantos tradutores para ele. Só que "essas ferramentas" nem sempre acertam, ou são tão precisas assim.

Talvez seja a hora de você começar a reparar mais nos sinais que seu organismo envia.  E não estamos falando de sintomas claros, como a dor, lógico que, se ela existe, é um indício de que pode haver algo errado com você.  Porém as mensagens podem ser mais sutis.

Ao nascer, os sinais do organismo representam a única forma que o bebê tem para se expressar.
"As manifestações corporais, sensoriais, motoras e os sintomas somáticos são, para o pequeno, as primeiras e exclusivas vias de comunicação, uma vez que ele ainda não dipõe de palavras para esse fim", diz o psicanalista Rubens Volich. À medida que cresce, outras possibilidades, mais simbólicas, como a linguagem, o pensamento, os sonhos, vão ganhando cada vez mais espaço nas trocas e vivências humanas.
"Mas elas guardam para sempre, suas raízes e relações com as primeiras experiências corporais da infância, afirma Volich.

Conheça algumas das mensagens mais características que seu corpo envia.

- Se você tem cãibras...
   Pode ser sinal de falta de magnésio e de potássio na alimentação.

- Se você sente muito cansaço...
   Pode ser sinal de deficiência de ferro ou hipotireodismo.

- Se você tem queda de cabelos e unhas quebradiças...
   Pode ser sinal de carência de vitaminas, principalmente as do complexo A e B.

- Se você apresenta rouquidão constante...
   Pode ter problemas na laringe.

- Se o seu suor tem um odor diferente...
   Pode ser sinal de diabetes ou doença do fígado.

- Se sua pele está oleosa demais...
   Pode ser problema nos ovários.

- Se você tem lapsos de memória...
   Pode ter apnéia ou outro distúrbio ligado ao sono.

- Se você tem gripes frequentes...
   Pode estar com o sistema imunológico comprometido.

Muitas vezes não conseguimos captar essas mensagens, por mais óbvias que sejam.  Ou então nem sempre estamos dispostos a levá-las a sério, principalmente se elas implicam abrir mão de algumas coisas.  Muitas pessoas percebem que seria conveniente diminuir o ritmo de trabalho, mas se recusam a fazê-lo.
Por outro lado, há pessoas extremamente atentas a todas as alterações do organismo, sempre buscando algo errado.  São os hipocondríacos.  O ideal como quase tudo na vida é um ponto de equilíbrio.
Texto:  Ivonete Lucirio

"Para entender o que o corpo quer dizer é preciso diminuir o ritmo do dia a dia, evitar o acúmulo de atividades e buscar momentos de tranquilidade." 
José Atílio Bombana, psiquiatra e psicanalista.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

APRENDA COM AS CRIANÇAS




Os adultos desejam ensinar tudo às crianças. Quando elas iniciam a balbuciar, não se cansam de repetir as palavras, a fim de que elas aprendam a falar de forma correta.


Nós lhes ensinamos o alfabeto, os números, as cores. Mergulhamos com elas nos livros, auxiliando-as a descobrir as maravilhas do macro e do microcosmo.

Somos os mais experientes porque já vivemos alguns anos a mais do que elas.

Contudo, existem lições de sabedoria que essas criaturinhas nos ensinam, todos os dias.

Quando uma criança se machuca, não importa se é um pequeno ou grande machucado, ela logo chora e procura o colo da mãe. Chorando, ela informa que está doendo, que aquilo a está incomodando muito.

Buscando o colo da mãe, ela deseja ser acarinhada, confortada, auxiliada.

Lição para o adulto: você não precisa suportar a dor sem chorar. E procure alguém em quem você confia para ajudá-lo.

Pode ser um amor precioso, ou um amigo, um irmão. Enfim, alguém que lhe dê a mão.

Quando uma criança cai de um brinquedo e quebra o braço, nem por isso deixa de, ainda com o braço engessado, subir no mesmo brinquedo.

Deseja provar que é capaz, que consegue, que vai vencer.

Ensina, desta forma, que não se deve desistir porque o negócio não deu certo ou porque foi reprovado em teste de seleção em uma empresa.

O importante é não se deixar abater e continuar a tentar, até conseguir.

Quando uma criança está com sono, ela se aconchega, fecha os olhinhos e dorme.

Se o coelhinho perdeu uma orelha ou o carrinho quebrou, assim mesmo ela dorme. E no sono, se permite sonhar.

Sonha com lugares lindos, bolas coloridas, muitos brinquedos, sorvete, brincadeiras e amigos.

Nova lição para o adulto: se seu corpo assinala que está na hora de dormir, atenda-o. Recolha-se ao leito e descanse. Depois, você recomeçará as tarefas, e muito melhor.

Não se permita a insônia por causa de coisas materiais. Se os índices da bolsa oscilaram, ou se sua conta não apresenta tantos dígitos, durma mesmo assim.

Seu corpo precisa recuperar as energias pelo repouso. Depois, você retornará às lutas, ao trabalho, às melhores decisões.

Quando uma criança brinca, ela se permite entrar em seu mundo de faz-de-conta e mergulha por inteiro.

Ela fantasia, fala com seus bichinhos e bonecos, cria histórias, sonha de olhos abertos.

Ela é o homem que voa, o dono de uma grande fazenda cheia de animais, o astronauta a caminho do infinito.

Não há limites para a sua imaginação. E isso a satisfaz, a faz feliz.

Com isso, diz ao homem que ele nunca deve deixar de sonhar e de perseguir os seus sonhos. Que deve se concentrar em seus desejos e perseverar.

Tudo é possível àquele que trabalha, prossegue, não desiste.

A criança é alguém que nos diz, todos os dias, que é bom viver, que o mundo é belo e que não há limites para a mente humana.

Ela nos afirma, com seu jeito de ser, que podemos sonhar, sem perder a esperança;

Que podemos sofrer reveses, sem cair no desânimo;

Que podemos preservar a saúde, mesmo que adversidades nos envolvam.

Enfim, elas nos ensinam que a esperança deve brilhar sempre em nossos olhos.

Isto porque depois deste dia, o sol despertará o amanhã e tudo terá o brilho do novo, do não conquistado, da alegria ainda não fruída.


Texto da Equipe de redação do Momento Espírita

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

SEGURANDO UM AO OUTRO

A dedicada enfermeira, sobrecarregada com tantos pacientes a atender, viu um jovem entrar no quarto e, inclinando-se sobre o paciente idoso em estado grave, disse-lhe em voz alta: Seu filho está aqui.


Com grande esforço, o velho moribundo abriu os olhos e, a seguir, fechou-os outra vez.

O jovem apertou a mão envelhecida do enfermo e sentou-se ao lado da cama.
Por toda a noite, ficou sentado ali, segurando a mão e sussurrando palavras de conforto ao velho homem.

Ao amanhecer, o manto escuro da morte caiu sobre o corpo cansado do enfermo. Ele partiu com uma expressão de paz, no rosto sulcado pelo tempo. Em instantes, a equipe de funcionários do hospital encheu o quarto para desligar as máquinas e remover as agulhas.

A enfermeira aproximou-se do jovem e começou a lhe dizer palavras de conforto, mas ele a interrompeu com uma pergunta: Quem era esse homem?
Assustada, a enfermeira respondeu: Eu achei que fosse seu pai!
Não. Não era meu pai. - Falou o jovem.
Eu nunca o havia visto antes.

Então, por que você não falou nada quando o anunciei para ele?
Eu percebi que ele precisava do filho e o filho não estava aqui.E como ele estava por demais doente para reconhecer que eu não era seu filho, resolvi segurar a sua mão para que se sentisse amparado. Senti que ele precisava de mim.

Nesses dias em que as pessoas caminham apressadas, sempre com muitos problemas esperando solução, não têm tempo sequer para ouvir o desabafo de um coração aflito, um jovem teve olhos de ver e ouvidos de ouvir o apelo mudo de um pai no leito de dor.
É tão triste viver na solidão...
É tão triste não ter com quem contar num leito de morte...

Se você tem um familiar enfermo, aproxime-se dele e segure firme a sua mão. Ofereça-se para lhe fazer companhia, ainda que por alguns minutos.
Fique em silêncio ao seu lado para ouvir o que os ouvidos do corpo não conseguem captar.
Seja uma presença amiga, sincera, que proporcione segurança.
E se você não tem um familiar enfermo, agradeça a Deus por isso e faça uma visita a alguém que precisa de apoio.
Há tantos enfermos solitários precisando de um gesto qualquer de afeto para sentir que viver ainda vale a pena.
Pense nisso e procure ser a companhia de alguém que precisa de você neste exato momento.

Madre Teresa de Calcutá costumava dizer que ninguém tem que morrer sozinho.
Do mesmo modo, ninguém deve se afligir sozinho ou chorar sozinho, rir sozinho ou celebrar sozinho.
Nós fomos feitos para viajar de mãos dadas através da jornada da vida.

Há alguém pronto para segurar a sua mão hoje. E há alguém esperando que você segure a dele.


Redação do Momento Espírita  c/ texo traduzido por Sergio Barros.

domingo, 30 de janeiro de 2011

PENSAMENTO E AÇÃO

Conta a literatura Zen-budista que um discípulo acompanhava seu mestre numa caminhada que os levaria a um rincão distante, onde passariam a noite.

Conversavam tranqüilamente enquanto andavam a passos cadenciados, quando se detiveram diante de uma ponte que havia caído.
Observaram por alguns minutos a situação e perceberam que, se quisessem prosseguir, teriam que atravessar pelo leito do rio.
Testaram a profundidade e perceberam que seria possível atravessá-lo, embora tivessem que fazê-lo com a água pela cintura.
Ao se prepararem para a travessia, uma voz desesperada de mulher fez com que ambos se detivessem.A mulher também precisava atravessar o rio, mas não se sentia em condições de enfrentar os perigos da correnteza.
Discípulo e mestre se entreolharam e, após alguns momentos, o mestre tomou a mulher em seus braços e adentrou no rio a passos firmes.
O discípulo, um tanto assustado, seguiu-os.Chegando à outra margem, a mulher agradeceu comovida o gesto do seu benfeitor, despediu-se e se foi.

Novamente discípulo e mestre caminharam a sós, por quase toda a tarde, trocando apenas algumas palavras. Chegaram ao local onde passariam a noite. Quando se recolheram para dormir, o discípulo muniu-se de coragem e perguntou ao mestre: Senhor, desculpe minha intromissão, mas gostaria de uma explicação. O senhor carregou uma mulher nos braços e isso é contra nossos princípios. O que o senhor tem a dizer?

O mestre contemplou o discípulo com olhar sereno e aproveitou para lhe ministrar um grande ensinamento:
Meu filho, eu carreguei a mulher nos braços de uma margem à outra do rio e a deixei lá, e você a conservou no pensamento até agora. Quem de nós feriu os princípios?
O discípulo abaixou a cabeça e, um tanto retraído, pediu permissão para se recolher.

Muitas vezes, sem mais detidas reflexões, costumamos agir como discípulo inexperiente.
Percebemos uma situação que, aos nossos olhos, merece repúdio e não hesitamos em lançar o veneno da calúnia sobre os que pensamos agirem em desacordo com os nossos princípios.
As Leis Divinas, que são de amor e justiça, julgam sempre pela intenção e não pelas aparências.

Assim sendo, é importante que prestemos atenção às mais secretas intenções que movem os nossos atos.
Nós até podemos mascarar, aos olhos dos homens, o móvel das nossas ações, mas as Leis Divinas jamais conseguiremos enganar, por estarem escritas em nossa consciência.

Jesus tratou desse tema, quando falou do adultério por pensamento.
O Mestre de Nazaré deixou bem claro que o que é levado em conta pelas Leis de Deus é o nosso pensamento, ou seja, os sentimentos que agasalhamos no fundo da alma.

Dessa forma, vale a pena ficarmos mais atentos aos nossos pensamentos e atos, do que nos dos outros, porque Jesus também assegurou que cada um de nós responderá por si, e não pelos outros.


Palestra pública pelo orador espírita Divaldo Pereira Franco